Entre os 11 vereadores de Alta Floresta, os que estão há mais tempo na Câmara Municipal, são Dida Pires que está no quarto mandato consecutivo e Reinaldo de Sousa, o Lau, que está no terceiro mandato seguido.
Dida Pires (PPS) iniciou a carreira política em 2000, quando foi eleito para vereador, se reelegendo nas eleições seguinte com votações expressivas. Foi opositor ferrenho ao então prefeito Romoaldo Júnior em seu primeiro mandato, e nas duas gestões da ex-prefeita Maria Izaura fez parte da base do executivo na Câmara Municipal.
Na Legislatura de 20092010 Dida foi presidente do poder Legislativo Municipal e realizou um trabalho de moralização, recuperando o prestígio da Câmara Municipal, profundamente afetado pela gestão anterior, que havia causado grandes desmandos e desvios de recursos.
É considerado uma liderança emergente no município, lembrado para disputar cargos maiores na esfera política, mas sempre optou em permanecer na Câmara Municipal. Nesta eleição, o desafio do vereador é se eleger para o quinto mandato, podendo ser o 1º na história do município a chegar a esta marca.
“Quem fez um bom trabalho e foi coerente, exercendo o mandato com responsabilidade, tem a oportunidade de ser analisado e avaliado pela sociedade. O candidato que já está na política é analisado assim como o novo também. Todas as eleições acontece renovação na Câmara, e sempre teve vereadores reeleitos”, frisa Dida.
Ele cita o exemplo de vereadores que foram eleitos com mais de mil votos e que na reeleição seguinte fizeram trezentos e não permaneceram no poder Legislativo. “A sociedade acompanha os trabalhos dos vereadores e sabe quem falhou na defesa de seus direitos”, observa.
A linha de atuação do parlamentar tem ênfase no apoio às pessoas que buscam os benefícios previdenciários como as aposentadorias. “Nada mais faço do que orientar as pessoas e encaminhá-las para a Justiça Federal, que avalia se o cidadão se encaixa como beneficiário da Previdência. É algo legal e que como vereador, tem abraçado esta causa a classe mais pobre”, explica.
Num eventual quinto mandato, Dida Pires assegura que continuará trabalhando nos projetos que forem importantes para o município, com independência e imparcialidade, sem esquecer às pessoas mais simples, que precisam de apoio, como os aposentados.
Já o vereador Lau (PSD) que no mandato atual assumiu a liderança do prefeito Asiel Bezerra, diz que não tem encontrado rejeição em sua campanha em busca do quarto mandato. “Tenho sido bem recebido nas visitas e as pessoas estão reconhecendo o trabalho realizado”, assegura.
O sentimento de renovação envolvendo a população, conforme Lau, não atrapalha sua reeleição. “A sociedade reconhece quem trabalhou e prestou serviço. Quem não trabalhou ficará de fora”, avalia.
Sobre o problema envolvendo a obra de asfalto de seu bairro, o Jardim Araras, o vereador disse que o governo estadual assumiu um compromisso de retomar os serviços em maio deste ano, mas não cumpriu o que prometeu.
“Veio um técnico do governo estadual para uma reunião que foi realizada na casa da presidente do bairro. Participou vereadores, Ministério Público, prefeitura e ficou acertado que o governo iria liberar R$ 7 milhões e 300 mil para asfaltar os Jardim Araras e outros 10 bairros de Alta Floresta. Mas ninguém sabe o que aconteceu. O governador não liberou o recurso e não deu nenhuma explicação”, enfatiza Lau.
O vereador observa que seu eleitorado não se concentra no bairro Jardim Araras. “Nas eleições anteriores tive votos em todas as urnas. E estou confiante porque trabalhei muito neste mandato”, pontua.
Lau disse que caso se eleja para um novo mandato, uma de suas principais propostas é continuar cobrando e acompanhando os trabalhos de asfalto comunitário e a malha viária na zona rural, como construção de pontes, patrolamento e encascalhamento das estradas e bueiros de concreto.
O vereador Bernardo Patrício também exerce o terceiro mandato. No entanto, em 2008 ele não se elegeu e voltou para o Legislativo na eleição de 2012, sendo um dos mais votados.