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Agronegócio Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024, 08:43 - A | A

11 de Outubro de 2024, 08h:43 - A | A

Agronegócio / Milho

Produção de milho tem a maior projeção para os próximos 10 anos

Segundo o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, a ampliação do consumo do milho e seus derivados no estado e no país é um dos motivos para a projeção



Assessoria

Entre as três principais culturas cultivadas em Mato Grosso (soja, milho e algodão), o milho é a que tem melhor projeção para os próximos dez anos em Mato Grosso, com área calculada em 10,90 milhões de hectares e produção de 80,38 milhões de toneladas para a safra 2033/34.

A soja deve ocupar área de 10,62 milhões de hectares, com produção estimada em 64,52 milhões de toneladas. Já para o algodão, a perspectiva é de área de 2,06 milhões de hectares e produção de 4,04 milhões de toneladas.

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (9), no lançamento do "Outlook: projeções do agronegócio em Mato Grosso de 2024 a 2034", pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Segundo a projeção, a produção do cereal deve apresentar crescimento de 6,37% nos próximos dez anos, saindo de 115,59 sacas por hectare na safra 2023/24 para 122,95 sacas por hectare na safra de 2033/34. A região médio-norte de Mato Grosso, onde estão as cidades de Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde e Nova Ubiratã, é a que deve representar a maior fatia da produção do cereal, 33,92%. 

Segundo o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, a ampliação do consumo do milho e seus derivados no estado e no país é um dos motivos para a projeção de crescimento do cereal nos próximos dez anos.  "O principal motivo é a ampliação das movimentações das usinas de etanol de milho, a movimentação do mercado interno brasileiro que já é um mercado relevante e, agora, com esse setor ampliando o consumo aqui dentro do estado de Mato Grosso e outras regiões, tende a dar continuidade no impacto e movimento da cultura do milho em Mato Grosso", afirmou.  

Cleiton Gauer ainda destacou que os dados já foram calculados com as previsões das mudanças climáticas que tem afetado a produção com as estiagens prolongadas, chuvas irregulares, incêndios florestais, entre outros fatores. Embora leve em consideração as oscilações, o levantamento não prevê eventos extremos. 

"O modelo já leva em consideração essas previsões de movimentação dentro do parâmetro, limite superior e inferior, para padrões de irregularidades climáticas. Claro que não para eventos extremos como a gente observou no ano passado. Se a gente tiver uma mudança de regime hídrico totalitário no estado de Mato Grosso, aí pode ter novos impactos. Mas, a princípio, não estamos levando em consideração uma mudança tão drástica, mas o padrão microclimático regional e localizado", explicou Gauer.  Ainda sobre os impactos provocados pelas mudanças climáticas, o superintendente do Imea acrescentou que os incêndios florestais, que voltaram a preocupar em 2024, não estão dentro dos fatores que podem ser utilizados como parâmetros base, mas que as projeções consideram algumas limitações e particularidades de Mato Grosso. 

"Observamos dentro dos modelos algumas limitações, principalmente porque acreditamos que o estado está próximo de seu ápice de abertura de novas áreas e as migrações tendem advir das áreas de pastagens que vão ser convertidas em agricultura no futuro", completou. 

 

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