Assessoria
Representantes da Infraero apresentaram ao senador José Medeiro um projeto piloto que poderá resolver os problemas da aviação regional no Brasil. O novo produto da estatal será voltado para os pequenos e médios aeroportos e, numa parceria com estados e municípios, vai beneficiar diversas cidades brasileiras.
Para Medeiros, o estado de Mato Grosso poderá ter seus principais aeroportos absorvidos pela Infraero. Ele listou 13 aeródromos que poderão ser beneficiados pela iniciativa da estatal: Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Juara, Juína, Lucas do Rio Verde, Matupá, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, Sinop, Tangará da Serra e Vila Rica.
Segundo a Infraero, os problemas que envolvem a aviação regional serão resolvidos a partir da criação da primeira subsidiária da Infraero: a Asas Serviços Aeroportuários. A nova empresa agirá em parceria com a operadora alemã Fraport e atuará, inicialmente, em aeródromos brasileiros, especialmente nos regionais.
Pela proposta da Infraero, os municípios e os estados devem estabelecer um protocolo de intenções para que haja o aprofundamento no estudo de viabilidade técnica e econômica do aeródromo, conduzido pela estatal e tendo a Secretaria de Aviação Civil (SAC) como mediador. Também devem oferecer à SAC proposta de projeto piloto para que o aeródromo seja operado pela ASAS, remunerada com recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC).
Segundo José Medeiros, após o alinhamento entre os governos estaduais e municipais, são necessários somente 10 meses para que haja o enquadramento do aeródromo dentro dos padrões estabelecidos pela Infraero. “Trata-se de um projeto ousado, cuja ideia central da Infraero é transformar esses aeroportos em superavitários, enriquecendo com isso a tão sofrida aviação regional”, destacou Medeiros.
O aeroporto Maestro Marinho Franco, em Rondonópolis, é um dos pilotos para o projeto da ASAS. Segundo os especialistas da estatal, já foram realizados estudos técnicos no aeroporto e que teve as seguintes conclusões, que são vantajosas para a cidade: é um aeroporto alternativo aos voos de Cuiabá e Campo Grande; poderá ter aproveitamento da infraestrutura existente; potencial econômico latente; e destaca-se entre os 270 aeroportos do PIL (Programa de Investimentos em Logística).
Quantos aos desafios apontados pela empresa aeroportuária, e que devem ser superados pelo aeroporto, está a necessidade de investimento em equipamentos de navegação aérea. Existe também a desvantagem de, hoje, o aeroporto Maestro Marinho Franco ser deficitário. Segundo a Infraero, essas desvantagens podem rapidamente ser corrigidas com parceria entre o governo de Mato Grosso e a Prefeitura de Rondonópolis.
José Medeiros lembrou que os principais terminais de Mato Grosso já fazem parte do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos da SAC e que o governo federal tem trabalhado para que a população esteja a, no máximo, 100 quilômetros de um terminal aeroportuário “em pleno funcionamento”.