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Atualidades Sexta-feira, 07 de Fevereiro de 2020, 00:00 - A | A

07 de Fevereiro de 2020, 00h:00 - A | A

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Desmatamento segue alarmante



Assessoria
ICV

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam queda de 6% no desmatamento de áreas de Cerrado em Mato Grosso entre julho de 2018 e agosto de 2019, em relação ao levantamento anterior.
O resultado, porém, está longe do necessário para que o Estado consiga alcançar uma das principais metas firmadas na Conferência do Clima de Paris, em 2015: a redução da taxa de desmatamento anual no bioma para 150 Km2 até 2030.
O principal motivo, segundo o documento, é o elevado grau de ilegalidade na abertura de novas áreas, que no período representou 88% do total de desmates registrados pelo INPE.
"Do total mapeado em 2019, apenas 12% foi realizado em áreas com autorizações para desmate ou para supressão de vegetação válidas emitidas pelo órgão ambiental estadual", diz o estudo.
Dos 88 municípios do estado com áreas desmatadas no Cerrado no período analisado, apenas 19 apresentaram alguma área com desmatamento legal, ou seja, detinham autorizações válidas emitidas pelo órgão ambiental. "Todos os demais municípios tiveram desmatamento 100% ilegal".
Entre 2018 e 2019, segundo o INPE, o desmatamento ceifou 6.483,4 Km2 do bioma no país - o equivalente a quatro vezes o território da cidade de São Paulo (SP).

Desse total, Mato Grosso contribuiu com 930,6 Km2 (14%), figurando em terceiro lugar no ranking nacional, atrás do Maranhão e do Tocantins. No levantamento anterior, que considerou o período de agosto de 2017 a julho de 2018, os desmates somaram 998 km2. 

De acordo com o ICV, a análise do perfil fundiário das áreas onde houve desmatamento indica que o processo se deu majoritariamente em propriedades inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Sozinhas, elas concentraram 63% do desmatamento registrado no período.
Quando considerados apenas os desmates ilegais, a análise revela que estes se concentraram em grandes imóveis, com mais de 1.500 hectares (64%). Em relação ao tamanho do desmatamento identificado nos imóveis privados, 72% do total desmatado são polígonos superiores a 50 hectares.

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