Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2025

Atualidades Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2025, 13:47 - A | A

03 de Dezembro de 2025, 13h:47 - A | A

Atualidades / Mato Grosso

Explosão de casos de hanseníase coloca Mato Grosso em estado de alerta

dados são de um levantamento técnico realizado pelo Tribunal de Contas do Estado que apontam um cenário persistente de transmissão ativa e desafios no diagnóstico precoce no Estado



Reportagem/ Mato Grosso do Norte

Mato Grosso encerrou 2024 com 4.674 novos casos de hanseníase, número superior ao registrado no ano anterior e que mantém o estado na liderança nacional em taxa de detecção da doença.
O dado integra um levantamento técnico realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCEMT), que aponta um cenário persistente de transmissão ativa e desafios significativos no diagnóstico precoce, no acompanhamento clínico e na prevenção de incapacidades.
A atualização epidemiológica mostra que a hanseníase permanece amplamente distribuída pelo território mato-grossense, com forte concentração de registros em Cuiabá (658 notificações), Juína (458), Várzea Grande (404), Colniza (261), Castanheira (257), além de municípios como Sinop, Confresa, Pontes e Lacerda, Lucas do Rio Verde e Sorriso. Juntos, esses polos concentram parte expressiva da carga da doença no estado.
Os dados revelam um problema de transmissão contínua. A presença de casos entre menores de 15 anos, considerados indicadores sensíveis, confirma infecções recentes e demonstra que a cadeia transmissiva permanece ativa. A maior parte dos novos registros, porém, está entre adultos de 30 a 59 anos, faixa etária que responde pela maior incidência da doença.

Outro dado que acende alerta é o aumento de diagnósticos tardios. Em 2024, 14,6% dos casos foram identificados já com grau 2 de incapacidade, patamar quase quatro vezes maior que o observado em 2009, quando a taxa era de 4,3%. Esse resultado indica que muitas pessoas chegam ao serviço de saúde quando o dano físico já está instalado, o que poderia ser evitado com detecção precoce.
A taxa de cura também apresentou queda ao longo da última década, ficando em 69,5%, o que aponta dificuldades de adesão ao tratamento ou falhas no acompanhamento dos casos.

Comente esta notícia

Rua Ivandelina Rosa Nazário (H-6), 97 - Setor Industrial - Centro - Alta Floresta - 78.580-000 - MT

(66) 3521-6406

[email protected]