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Atualidades Sexta-feira, 05 de Agosto de 2022, 07:23 - A | A

05 de Agosto de 2022, 07h:23 - A | A

Atualidades / Baixa umidade e clima seco

Grande número de focos de incêndios estão sendo registrados diariamente

Apesar de ser crime ambiental, os bombeiros atendem todos os dias muitas ocorrências de incêndios em Alta Floresta e demais municípios da região



Mário Ruiz do Nascimento
Mato Grosso do Norte

Desde 2019 o município de Alta Floresta conta com uma lei municipal que institui a Semana Municipal de Sensibilização, Prevenção e Combate a Prática de Queimadas Urbanas. No entanto as queimadas nas zonas urbanas e rurais tem sido um problema recorrente durante o período de estiagem, quando a umidade é baixa e a temperatura é alta.
São dezenas de focos de incêndios registrados e atendidos todos os dias pela 7ª Companhia de Bombeiros Militar, tanto em Alta Floresta, como das Unidades de Colíder e Guarantã do Norte.
Nesta época do ano, os bombeiros, além dos trabalhos de resgate às vítimas de acidentes de trânsito, afogamento, resgate de animais e outras atividades inerentes à suas atribuições, te m que atender os combates a focos de incêndios nos municípios da região de Alta Floresta.
O 1º Tenente Denis de Almeida Lucion, da 7ª Companhia Independente de Bombeiro Militar, disse em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, na terça-feira, 2, que o foco de incêndios tem aumentado bastante, não somente em Alta Floresta, mas em todos os municípios atendidos pela 7ª Companhia.
Com o auxílio do SSD-7 (Sala de situação Descentralizada), sistema com estrutura composta de equipamentos que auxiliam no monitoramento e planejamento de combate aos focos de incêndios, com programas que captam imagens via satélite, as ações da Guarnição são orientadas, obedecendo as prioridades.
Através dos IRTs (Instrumentos de Respostas Temporária) são deslocadas guarnições e viaturas da 7ª Companhia para as cidades Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Paranaíta e Apiacás, para combater os focos de calor disseminados diariamente.
Camionetes disponibilizadas pela SEMA (Secretária Estadual de Meio Ambiente), através do Batalhão de Emergências Ambientais são utilizadas pelas Guarnições para alcançar locais de difícil acesso, ou mesmo para a realização de atendimentos de ocorrências em outros municípios.

Geralmente há regiões com maior quantidade de focos e a gente dá prioridade a essas regiões, principalmente quando esses pontos são próximos de unidades de preservação ambiental


“Através de sinais de satélites disponíveis no programa, fazemos o monitoramento da quantidade de focos pela manhã, antes que as Guarnições saem à campo. O número varia dependendo do dia e horário. Agora que está mais seco e mais quente, aumenta muito a quantidade de focos. Com isto, são fornecidas as informações para as Guarnições e os bombeiros se deslocam a campo”, explica.
Em muitas circunstâncias, segundo ele, o contingente não é suficiente para atender os focos de incêndio, por serem muitos. Então, é deslocada a guarnição para o local onde há mais focos ou em locais próximos a reservas ambientais.

“Geralmente há regiões com maior quantidade de focos e a gente dá prioridade a essas regiões, principalmente quando esses pontos são próximos de unidades de preservação ambiental. Muitas vezes não conseguimos atender a todas as ocorrências”, acrescenta Lucion.
Denis de Almeida Lucion fala sobre campanhas realizadas durante o ano, para conscientizar a população sobre as consequências causadas pelas queimadas. Apesar disso, os índices de queimadas continuam altos durante o período proibitivo.
Se os focos de incêndios continuam crescendo a cada ano, não é por falta de ação dos órgãos ambientais e Corpo de Bombeiros, que realizam suas atribuições com ostensiva eficácia.
O Batalhão de Emergência Ambiental em Cuiabá, de acordo com ele, realiza o combate aos incêndios, a fiscalização e aplicação de multas. “Temos todos os procedimentos que são cumpridos, inclusive prisões para quem provoca queimada, caso seja surpreendido em flagrante, pelo cometimento desta infração de crime ambiental”, disse.
Desta forma, Lucion faz um alerta aos infratores, reiterando que quem for pego em flagrante delito, no caso de incêndio, será conduzido à delegacia, ratificando também que, na cidade, não há nenhum período no ano que seja liberado atear fogo, mesmo que em folhas do quintal.
“Atear fogo é crime ambiental! Muitas vezes as pessoas pensam que só um pouco de folhas queimadas não causa impacto. No entanto, se muitas pessoas pensarem assim o impacto à saúde e ao Meio Ambiente é significativo. Sem esquecer que ainda existe o risco de incêndio”, ressaltou o 1º Tenente Lucion.
Nova Bandeirantes lidera o ranking de focos de incêndio entre os municípios da abrangência da 7ª Companhia Independente de Bombeiro Militar de Alta Floresta, com coordenadas diárias no sistema de vigilância do SSD-7, com regiões com até mais de 168 focos, a exemplo do dia 30/07/2022.
Na região, Peixoto de Azevedo e Marcelândia, conforme ele, são os dois municípios com mais focos de incêndios na região todos os anos. E militares do efetivo de Alta Floresta, apesar destes municípios pertencerem a regional de Colíder, são enviados para atender nas ocorrências.

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