Assessoria/ ICV
O Instituto Centro de Vida (ICV) atingiu 25,5% do território de Mato Grosso com suas ações e projetos de campo no ano de 2024. A informação consta no relatório de atividades da instituição, um documento que tem o compromisso de prestar contas e avaliar os impactos e resultados anuais. Mais de 6 mil pessoas foram beneficiadas diretamente com os projetos executados ao longo de 2024.
Ainda, entre outras coisas, 101 hectares de floresta entraram em processo de restauração, 84 hectares de produção orgânica primária vegetal foram certificados, 47 organizações locais foram apoiadas e R$ 1 milhão foi gerado em renda para agricultores e agricultoras familiares. “Acreditamos que enfrentar a crise climática passa por fortalecer quem está na linha de frente, como as agricultoras e agricultores familiares, juventudes indígenas, comunidades tradicionais e organizações locais.
Por isso, esses resultados nos enchem de orgulho e reafirmam que é possível construir, na prática, soluções que contribuem para o equilíbrio climático do planeta”, avalia Alice Thuault, diretora executiva do ICV. A agricultora familiar Roseli Aguiar, de Nova Bandeirantes (MT) foi uma das beneficiadas pelo ICV durante o ano de 2024. Ela recebeu a sua segunda certificação orgânica por meio da Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense (Repoama) e pôde comercializar seus produtos para o mercado privado.
“Por meio de um curso de qualificação de cafés que fiz em Cuiabá, também pude aprender como fazer a torra do meu café. Hoje a gente faz torras bem diferentes das que a gente fazia antes, porque a gente não sabia fazer três diferentes. Graças ao ICV temos agora uma torra de excelência”, disse.
A comunicadora e articuladora indígena Suyani Terena foi uma das participantes do projeto Ancestralidades, executado pelo ICV. Ao longo de 2024, ela participou de diversas formações na área de comunicação e audiovisual. O projeto também possibilitou a compra de equipamentos para gravação e edição de materiais audiovisuais.
“Essa experiência tem me ajudado muito no meu desenvolvimento enquanto comunicadora. Essa é uma área na qual eu nunca havia trabalhado antes, e venho me desenvolvendo bastante, tendo novas ideias e participado ativamente das reuniões. Esse fortalecimento impacta minha trajetória como jovem indígena e também como mulher, garantindo espaço para dar visibilidade ao trabalho das mulheres no nosso território”, explicou.