Laice Souza
Secom-MT
O ministro de infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o Governo Federal vai fazer a interligação entre as cidades de São Félix do Araguaia, em Mato Grosso, com Formoso do Araguaia, no Tocantins. Ainda, de acordo com o ministro, o grande desafio será fazer um projeto de engenharia que seja atrativo, rentável e que tenha um “selo verde”.
“Primeiro vamos ver se esse projeto vai gerar interesse da iniciativa privada. Se não gerar, vamos fazer a obra com recurso público”, afirmou o ministro, durante audiência pública realizada na cidade de Gurupi, no Tocantins, na sexta-feira, 18, com a presença dos governadores de Mato Grosso, Mauro Mendes, e do Tocantins, Mauro Carlesse. Para fazer a interligação, será necessário fazer uma ponte sobre o Rio Araguaia e pavimentar um trecho da BR-242 no Estado do Tocantins.
De acordo com Mauro Mendes, a interligação é fundamental para dar continuidade ao desenvolvimento do Araguaia, principalmente, a região nordeste. “Melhorar a logística da região é impulsionar o desenvolvimento e dar competitividade aos nossos produtores, de um Estado que é o maior produtor de commodities do país e que representa 28% das exportações”.
O governador ainda destacou que fez questão de participar da audiência pública realizada pelo Senado Federal, tendo a senadora Kátia Abreu como relatora, por acreditar nesse projeto. “Vim aqui com a nossa força política, com a Assembleia Legislativa, com os nossos deputados Max Russi e Ondanir Bortolini, o Nininho, com dois senadores da república, Jayme Campos e Wellington Fagundes, com os nossos prefeitos da região, porque nós acreditamos que é possível fazer e é necessário fazer o asfaltamento dessa rodovia”, afirmou, acrescentado que a burocracia precisa ser vencida, para que o projeto saia do papel e possa finalmente beneficiar a população.
O senador Jayme Campos também ressaltou a necessidade de que os povos indígenas possam ter o direito de escolher o que é melhor para eles, sem a interferência de “supostos defensores”. A rodovia corta uma reserva indígena localizada na “Ilha do Bananal”.
“Precisamos dialogar com os povos indígenas, porque a rodovia vai passar nas terras deles. Eles precisam fazer parte desse processo, mas vou dar um conselho aqui, não vão na conversa de oportunistas”, disse aos caciques presentes no evento, acrescentando que essa estrada também é importante para os indígenas, pois ela irá gerar qualidade de vida.