José Vieira do Nascimento
editor Mato Grosso do Norte
Reginaldo Luiz da Silva, popular Naldo, morador Pista do Cabeça, localidade localizada na zona rural de Alta Floresta, afirma em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, que os moradores do pequeno núcleo urbano e das comunidades Ourolanda, São Mateus e Jacaminho [região dos assentamentos] estão descontentes com o atendimento na área de saúde, proporcionado pela prefeitura de Alta Floresta.
Segundo ele, quando o atual secretário de Saúde do município, Marcelo Costa, assumiu a pasta, mudou o sistema de funcionamento das Unidades de Saúde.
Naldo acentua que fica apenas uma atendente, mas que se limita apenas a aferir a pressão dos que procuram os postos de Saúde. “O secretário cortou todos os medicamentos das Unidades de Saúde. No local não se faz nenhum curativo em caso de urgência,. não tem remédio nenhum. Não tem nem dipirona”, diz o morador.
De acordo com o morador, o argumento da prefeitura é que seria necessário um técnico de enfermagem para fazer o atendimento nas Unidades de Saúde. Mas como a oferta salarial da prefeitura é de apenas R$ 1.400,00 mensal, não há interessados em trabalhar nos postos de saúde.
“Antes, tinha remédios, se podia fazer curativos, mas o secretário cortou tudo. Todos os casos tem que vir para Alta Floresta para ser atendido”, enfatiza.
De acordo com ele, o médico atende uma vez por semana nos postos de saúde das comunidades da região da Pista do Cabeça. Geralmente as terças-feiras. Os remédios controlados são receitados pelo médico, mas o paciente tem que vir em Alta Floresta buscar o medicamento.
“Fica difícil para o morador devido à distância e nem sempre há transporte. Há também a dificuldades de transportes, porque grande parte dos moradores não tem veículos. Nós precisamos de mudanças e melhoras no atendimento na saúde. Do jeito que está é difícil para os moradores da zona rural”, cobra.
A Unidade da Pista do Cabeça tem uma ambulância para atender os moradores. O veículo foi adquirido em parceria entre a comunidade e o Rotary Clube. A prefeitura cede o combustível. Porém, às vezes, tem morador precisando da ambulância para ser transportado para a cidade, com problemas de saúde, e a mesma já ter vindo trazer outro paciente e não se encontra na localidade.
