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Atualidades Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 08:25 - A | A

16 de Maio de 2025, 08h:25 - A | A

Atualidades / Setor de base florestal

Normativas engessam o setor madeireiro, diz presidente do Cipem

Segundo Ednei, milhares de trabalhadores de empresas do setor podem perder o emprego devido o enfraquecimento do setor



Ilson Machado
Mato Grosso do Norte

O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, em entrevista ao Jornal Mato Grosso do Norte, na quarta-feira, 14, destacou preocupação com os prejuízos que o setor madeireiro do estado vem sofrendo pela falta de projeto de manejo.

Segundo ele, já faz sete meses que os projetos estão travados em decorrência de vários fatores e medidas tomadas por órgãos de preservação do meio ambiente, que provocam o enfraquecimento da Cadeia produtiva de madeira nativa em Mato Grosso.

No mês de abril, em um encontro que contou com a presença de pelo menos 60 associados do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmat), a Secretária de Estado de Meio

Ambiente (Sema-MT), Mauren Lazzaretti, expôs os novos procedimentos para o Manejo Florestal Sustentável previstos na Instrução Normativa nº 05/2025, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com a Sema, as novas regras que foram publicadas no dia 05 de abril são direcionadas para produtos da floresta amazônica que estão na Lista de Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção.

Entretanto, de acordo com Ednei Blasius essas normativas têm gerado dúvidas e instabilidade ao setor de base florestal

“Qualquer espécie dos gêneros Tabebuia, ou ipês como é mais conhecida a espécie, o cumaru e o cedro que apresentar uma densidade menor que cinco árvores a cada 100 hectares, com diâmetro à altura do peito mínimo de 20 centímetros, será considerada rara na Unidade de Produção Anual. E a extração está vedada”, disse.

Mas ele observa que, nesse caso de engessamento do setor produtivo, não são apenas os empresários do ramo madeireiro que sofrem sem condições de produzir. Mas milhares de trabalhadores, os quais dependem do emprego para sua sobrevivência.

“As burocracias existem e devem ser cumpridas, mas não se pode criarem medidas inexequíveis que travam o desenvolvimento econômico. Nós estamos falando de empregos, de famílias que precisam trabalhar.

Por isso, vamos buscar junto ao governo, deputados e senadores, meios e condições para que a cadeia produtiva de madeira nativa em Mato Grosso, volte a ser forte. Porquê hoje, estamos na situação de um agricultor que está com a terra preparada, adubada, mas não tem a semente para plantar”, enfatiza o presidente do Cipem.

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