O Instituto Centro de Vida – ICV – comemorou na quinta-feira, 14), 25 anos de fundação. A Ong foi criada com a missão de construir soluções compartilhadas para a sustentabilidade do uso da terra e dos recursos naturais trabalhando para o Estado ser referência em governança ambiental e colaborando para a redução de índices de desmatamento em Mato Grosso. As comemorações do jubileu de prata da instituição aconteceram no teatro do Museu de História Natural da Unemat, em Alta Floresta, na noite de quarta-feira.
Durante o evento, que contou com representantes de municípios atendidos com ações do ICV, foram apresentados, em vídeo, depoimentos de agentes políticos, sindicais e produtores rurais avaliando o trabalho desenvolvido na região do extremo norte do Estado desde o início da década de 2000.
Todos foram unânimes ao destacar a importância da construção das parcerias com ICV, para as mudanças na realidade dos municípios. Foi através da ação do instituto que Alta Floresta adotou medidas técnicas para recuperar nascentes e áreas degradadas e sair da chamada lista negra do Governo Federal. Além das melhorias visíveis nas propriedades, as ações desenvolvidas também têm reflexo econômico nos municípios, uma vez que a produção local ganha aval para comercialização em vários centros consumidores.
Convidado como parceiro do ICV, o prefeito de Paranaíta, Tony Rufatto, ressaltou a preocupação do instituto com a proteção do meio ambiente aliado a busca de soluções sustentáveis para garantir o desenvolvimento do setor agropecuário.
“O instituto trouxe pra nós, de Paranaíta, esperança de vida”, disse o prefeito em discurso proferido no evento.
O gestor, pediu que o instituto mantenha a parceria para o ajuste das propriedades rurais junto às leis ambientais.
A agricultura familiar também foi representada na cerimônia de comemoração dos 25 anos do ICV. Francisco Passos, do Assentamento São Pedro, lembrou o temor sentido pelos assentados com os prazos estabelecidos por leis ambientais. “Quem não fosse cadastrado ambiental não poderia tirar o GTA (Guia de Transporte Animal), não poderia tirar uma nota, e como consequência, não poderíamos comercializar nossos produtos. Foi uma preocupação grande, mas graças à Prefeitura, ao Incra e ao ICV, eles fizeram esse trabalho”, lembra o assentado, ao falar da elaboração dos projetos do CAR (Cadastro Ambiental Rural) das cerca de 700 propriedades do assentamento.
A coordenadora de iniciativas de município sustentável, Irene Duarte, reafirmou o interesse de fortalecer as parcerias e lembrou a recuperação de 5 mil dos 14 mil hectares de áreas degradadas em Alta Floresta, um dos municípios que contam com a sede do ICV. Ela ainda revelou a visita à região de representantes de uma rede internacional de fast food interessada em adquirir carne bovina para abastecer suas lanchonetes.
Irene ainda elogiou iniciativas do prefeito de Paranaíta em buscar soluções para problemas do município. “O senhor é um grande parceiro, uma pessoa que olha a situação do município com responsabilidade que a situação requer”, ressaltou.
