Em assembléia geral realizada na tarde desta segunda-feira (1), na Escola Estadual Presidente Médici, os servidores públicos da Educação, por unanimidade, decidiram manter a greve, que já completou dois meses.
Os servidores discutiram a última proposta do governo do Estado, mas não aceitaram e o movimento continua.
A proposta apresentada pela Secretaria de Estado de Educação, sugeria o pagamento de reposição salarial em 3.9%, que seria contemplado no pagamento do exercício de 2017. A reunião, que apresentou a proposta, foi mediada pelo pelo promotor de Justiça Henrique Schneider Neto, na semana passada. Uma equipe do Ministério Público Estadual (MPE), definiria as datas dos pagamentos.
Uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, da última quinta-feita (28), determinava que os professores da rede pública – em greve desde o dia 31 de maio - retornassem ao trabalho nesta segunda-feira(1), no entanto, a greve continua.
Trinta e seis mil dos 40 mil profissionais da Educação estão de braços cruzados, nas 755 escolas estaduais nos 141 municípios, onde estão matriculados cerca de 440 mil alunos. Depois que o desembargador Juvenal Pereira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, declarou o movimento dos profissionais legítimo, o movimento ganhou força em todo o estado.
Nesse imbróglio, mais uma decisão do TJ gerou polêmica. Desta vez, o desembargador Sebastião de Moraes Filho, determinou que o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) retirasse todas as crianças e adolescentes que estão participando do movimento grevista.