José Vieira do Nascimento
Editor de Mato Grosso do Norte
O secretário de Obras da prefeitura de Alta Floresta, Elói Luiz de Almeida, prevê um resto de ano difícil em sua pasta, em função da falta de recursos e de mão de obra, mas acredita que com um planejamento adequado, será possível conduzir os trabalhos e atender as demandas inerentes as rodovias municipais.
Segundo o secretário, a secretaria está trabalhando, mas em um ritmo mais lento. “Estamos em uma nova realidade, e estamos trabalhando conforme a situação atual nos permite. Acredito que não haverá problemas maiores e vamos seguir em frente, mas com o ritmo menos acelerado”, analisa.
O município de Alta Floresta, conforme Elói, tem 2 mil quilômetros de estradas e mais a região do Rio Azul, que faz parte do Pará, mas que tem que ser atendida pela prefeitura de Alta Floresta. O que dificulta a progressão dos trabalhos, de acordo com ele, é a escassez de recursos e a falta de mão de obra.
“Aqui é a secretária de Obras e eu preciso de mão de obras e ferramenta de trabalho para desenvolver e realizar as ações. Estamos nos adequando dentro do que é possível nesta nova realidade financeira da prefietura”, frisa.
Com a mudança que o governo estadual fez no Fethab, dividinduo em Fethab 1 e Fethab 2, o repasse que o município recebia, que chegou a R$ 450 mil por mês, caiu para R$ 117. [O governo criou o Fethab 2 que é sobre a comercialização de madeira, gado e grãos. E o Fethab 1 que incide apenas sobre o óleo diesel].
A prefeitura também está sem recursos para recuperar as máquinas que estão precisando de manutenção. Conforme o secretário, o município tem 40 máquinas, mas apenas 20 estão em condições de trabalho.
Entretanto, Elói enfatiza que algumas desta máquinas são antigas e não compensa mais serem recuperadas.
“A prefeitura precisaria investir R$ 400 mil para recuperar todas as máquinas, mas as velhas gastam e não produzem. As seminovas, como os tratores de pneus, devem ser recuperados. Quando eu entrei na secretaria, reformamos as máquinas. Elas trabalharam dois anos e precisam novamente de reforma. Mas antes, tínhamos o recurso do Fethab. Agora não há dinheiro para fazer a recuperação”, argumenta.
Todavia, Elói afirma que o prefeito Asiel Bezerra está buscando uma solução para o parque de máquinas, através de um financiamento junto ao Banco do Brasil. A meta é comprar máquinas novas e vender as antigas junto com as sucatas existentes no pátio da secretaria de Obras, através de leião.
Após os cortes de funcionários feitos pela prefeitura, a secretaria de Obras foi obrigada a ceder para a Secretaria de Meio Ambiente, 50 servidores e ficou apenas com 70 funcionários para atender todas as frentes de trabalho. “Aqui não deveria ter cortado funcionários. Eu precisaria de, pelo menos mais 30 trabalhadores para atender com mais celeridade”, observa.
Quanto a contratações, o secretário diz que não há perspectiva e também não tem informações sobre a realização de teste seletivo. “A Câmara votou a lei proibindo contratar. Minha função é tocar os trabalhos da secretaria e ter condições para isto. As questões burocráticas não são de minha competência”, assevera.
Apesar das adversidades, o secretário avalia que será possível atender as demandas com relação as estradas. Na sua conta, sua 816 bueiros em diferentes pontos do município, que precisam de reparos. “O ritmo será mais lento, mas vamos atender e estamos atendendo. A secretaria não está parada. Estamos recuperando pontes, bueiros, patrolando e construindo a ponte no Boa Nova, que é uma obra grande, no mesmo porte da feita na Avenida Mato Grosso”, assegura.
De concreto - Na 5º Oeste, conforme ele, serão colocados 25 bueiros de concreto, através de uma parceria com o Grupo Bom Futuro, que doou os bueiros e a prefeitura vai implantá-los. A equipe da prefeitura já está acampada na região para realizar os serviços.
PC - Elói anunciou que o município vai receber uma patrola PC do Ministério da Agricultura. Conforme ele, o secretário Neri Gueller, confirmou que o município foi contemplado.