Sábado, 08 de Novembro de 2025

Caderno B Sábado, 08 de Novembro de 2025, 14:55 - A | A

08 de Novembro de 2025, 14h:55 - A | A

Caderno B / CINCO PERGUNTAS

A favor da cena

Luiz Henrique Rios exalta parceria com Aguinaldo Silva em “Três Graças”e propõe mostrar uma São Paulo mais leve



TV Press            

     Os últimos 10 anos foram importantes para Luiz Henrique Rios. Com passagem pelas equipes de direção de mestres como Denise Saraceni e Jorge Fernando, foi em 2015 que assinou sua primeira novela como diretor artístico, o sucesso “Totalmente Demais”. Nesses últimos dez anos ainda comandou as gravações de outros êxitos como “Pega-Pega” e “Terra e Paixão”.

Funcional e popular, seu currículo acabou fazendo com que a Globo o escolhesse para trabalhar com Aguinaldo Silva em “Três Graças”, atual novela das nove.

Em 1997, tive meu primeiro contato com o texto do Aguinaldo em ‘A Indomada’, onde integrava a equipe de direção. Esse reencontro, agora inaugurando uma parceria com ele, é motivo de muito orgulho para mim”, celebra.    

             Formado em Ciências Sociais, a paixão de Rios pela imagem, e sobretudo pelas novelas, acabou o levando para a Globo, onde estreou como integrante da equipe de direção comandada por Ricardo Waddington em “Quatro por Quatro”, de 1994.

Queremos que o público se envolva, se emocione e torça”, destaca

Apesar dos bons serviços prestados à empresa, sua promoção a diretor principal levou mais de duas décadas e aconteceu justamente quando a emissora começou a dispensar antigos medalhões e renovar seu quadro de realizadores. Em sua segunda incursão pelo nobre horário das nove, Rios acredita que “Três Graças” tem ingredientes certeiros para conquistar o público.

Tratamos de questões muito verdadeiras que tangenciam uma série de realidades, mas sob a ótica da ficção, com um bom equilíbrio entre comédia, drama, romance e tragédia. Queremos que o público se envolva, se emocione e torça”, destaca. P – Você fez parte da equipe de direção de “A Indomada”, de 1997.

Como encara esse reencontro com o texto do Aguinaldo Silva em “Três Graças”?

R – Fiquei muito feliz quando Aguinaldo se mostrou interessado em me ter como diretor da trama que marca o retorno dele à Globo. Estou maravilhado com o texto e a forma que ele tem desenvolvido a história e os personagens. Sinto uma pulsão de desejo criativo que só os grandes autores têm.

P – Como essa parceria foi se estabelecendo?

R – De forma muito natural e cheia de sintonia. Trocamos muito desde o início, onde mostrei as minhas ideias para a estética da novela e os primeiros nomes para o elenco. Aguinaldo é experiente, sabe tudo de teledramaturgia. Então, ele é interessado em diversos aspectos técnicos da produção. E tem um olhar muito criterioso.

P – A escolha do elenco foi feita de forma conjunta?

R – Sim. Ele fez questão de trabalhar com atores importantes em suas obras, como a Arlete Salles, por exemplo. A ideia era montar um elenco popular e diverso. Trouxemos atores consagrados, como Marcos Palmeira e Murilo Benício, e também novos talentos. Belo, por exemplo, fez um teste excelente e trouxe verdade ao personagem Misael. A escolha da Sophie Charlotte para Gerluce também foi certeira – ela encantou nos testes e incorporou a personagem de forma única.

P – Como a mudança da ambientação da trama para São Paulo influenciou no seu trabalho?

R – Foi uma sugestão da emissora e eu gostei bastante. Após muita pesquisa e diversas visitas, escolhemos locações que representam a diversidade da cidade, como a Aclimação, onde mora a Arminda (Grazi Massafera), Pinheiros, onde vive Ferette (Murilo Benício) Vila Madalena, para os personagens ligados à arte.

E, por fim, a comunidade fictícia Chacrinha, inspirada na Brasilândia. De toda forma, a gente quer mostrar uma São Paulo diferente.

P – Como assim?

R – A proposta sempre foi construir uma tragicomédia, com interpretações e estética que não fossem totalmente naturalistas. Visualmente, usamos luzes mais teatrais e cores mais vibrantes. Ao retratar a comunidade, por exemplo, mostramos sua potência criativa e existencial, não apenas a carência. A ideia é recortar a realidade e não apenas reproduzi-la.  

Três Graças” – Globo – de segunda a sábado, às 21h.

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