Geraldo Bessa TV Press
Dhu Moraes gostou tanto de interpretar a amorosa Manoela em “Êta Mundo Bom!”, de 2016, que demorou a se desvencilhar da personagem. Além do carinho do público nas ruas e redes sociais por conta da novela, a intérprete sentia falta da leveza e diversão que marcaram os bastidores. Por isso, foi com muita empolgação que ela recebeu o convite para voltar a viver a personagem em “Êta Mundo Melhor!”, atual novela das seis.
Neste retorno, Manoela e sua sobrinha, Dita, protagonista de Jeniffer Nascimento, agora moram em São Paulo e encaram o cotidiano agitado de uma cidade grande. “Manoela me marcou muito como atriz.
É uma personagem afetuosa, maternal e hilária, que rende cenas muito divertidas
. Então, retomar esse papel foi realmente algo inesperado e incrível para mim”, elogia.
Natural de Itaboraí, região metropolitana do Rio, Dhu é um símbolo de resistência artística e uma atriz seminal da tevê brasileira. A estreia foi em 1970, na mítica “Irmãos Coragem”. Ao longo da década, entretanto, ela se afastou do vídeo para investir no teatro e na carreira musical como integrante do grupo As Frenéticas, grande nome da era Disco no Brasil.
Com a dissolução do grupo, em meados dos anos 1980, Dhu passou a se dedicar mais a tevê, participando de produções como “Roque Santeiro” e a primeira versão de “Sinhá Moça”.
Com passagens pelo SBT e Record, a atriz tem participado cada vez mais de produções do streaming em plataformas como Netflix, Disney+ e Globoplay. O ano de 2025 está particularmente movimentado com a estreia da terceira temporada de “Encantado’s” e o sucesso “Cosme e Damião – Nada Santos”.
“São muitos anos de uma carreira feliz e movimentada. Continuar a viver personagens que realmente me emocionam faz tudo valer a pena”, entrega.
P – Quase uma década separa “Êta Mundo Bom!” de “Êta Mundo Melhor!”. Como é voltar ao universo da trama?
R – Desde que começaram os rumores de uma continuação da história eu já fiquei muito empolgada e apreensiva, já que adoraria participar, mas ninguém sabia muito bem quais personagens retornariam. Nas redes sociais começou uma torcida para que a Manoela e a Dita estivessem na nova trama. As histórias de “Êta Mundo Bom!”, com toda a mensagem de esperança em dias melhores, tocaram fundo no coração do público.
P – E como recebeu o convite?
R – Foi uma festa. Fiquei feliz com a possibilidade de reencontrar essa personagem tão querida, e mais ainda depois de saber os rumos da minha Manoela e da Dita (Jeniffer Nascimento).
P – Por quê? R – Com a Jeniffer virando protagonista, a Manoela ganhou mais destaque nessa nova história. Vibrei muito com esse momento da Jeniffer. A gente se deu muito bem nos bastidores da primeira novela. Ela era uma menina e agora é uma mulher. É lindo acompanhar esse crescimento dela e trabalhar juntas de novo, agora em novas aventuras.
P – Dita e Manoela saíram da roça e agora vivem na cidade grande. Como foi a preparação para esse novo momento das personagens?
R – O texto é riquíssimo. Tivemos uma imersão pelos costumes dos anos 1950 e essas personagens representam bem o contraste da simplicidade das pessoas que vêm do interior com o requinte e rapidez de uma cidade em ebulição como São Paulo. A base para minha construção desse momento da Manoela é o sentimento de coragem, para acompanhar a sobrinha e mudar de vida.
P – Além de “Êta Mundo Melhor!”, você também tem personagens de destaque em produções recentes como “Encantado’s”, “Cosme e Damião - Quase Santos” e “Turma da Mônica - Origens”. Como você tem conciliado tantos projetos?
R – Eu amo o que faço. Depois de tantos anos de carreira, é muito legal ter personagens tão diversificadas e convites interessantes chegando. Tenho conseguido falar com públicos diversos e cada uma dessas produções me toca de um jeito único. Então, me organizo direitinho para conseguir fazer tudo com calma e com a entrega de sempre.
“Êta Mundo Melhor!” – Globo – de segunda a sábado, às 18h20.