Sexta-feira, 19 de Setembro de 2025

Caderno B Sexta-feira, 19 de Setembro de 2025, 11:30 - A | A

19 de Setembro de 2025, 11h:30 - A | A

Caderno B / CINCO PERGUNTAS

Paixões históricas

Mais de duas décadas depois, Thiago Lacerda celebra reencontro com o apaixonado Matteo, de “Terra Nostra”

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Geraldo Bessa TV Press            

     Thiago Lacerda confessa que tem uma quedinha por trabalhos de época. Muito dessa preferência vem do minucioso processo que essas produções exigem dos intérpretes. “Gosto de pesquisar, de debater com os autores, professores e colegas de elenco, chegar ao personagem por um caminho mais artesanal”, conta.

Coincidência ou não, Lacerda é sempre lembrado para produções históricas. Uma das mais famosas de sua trajetória, “Terra Nostra”, de 1999, acaba de voltar ao ar na faixa saudosista “Edição Especial”.

Tenho muito orgulho deste trabalho. E fico feliz sempre que alguém entra em contato com essa história”, avalia.       

          Carioca fanático pelo Flamengo, aos 47 anos, Lacerda exibe maturidade e critério em relação à carreira no vídeo. “A televisão funciona melhor para o ator quando ele tem a possibilidade de escolher o que vai fazer”, conta.

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A estreia no veículo foi na temporada de 1997 de “Malhação”. Na sequência, os olhos claros e o porte de galã jogaram o ator direto para o posto de herói romântico de produções como “A Casa das Sete Mulheres”, “Páginas da Vida” e “Eterna Magia”.   

              Distante da tevê desde “Amor Perfeito”, de 2023, Lacerda agora está concentrando sua energia criativa no teatro, onde viaja o Brasil com dois projetos.

Tenho me dedicado a montar espetáculos e organizar uma itinerância por diversas cidades do país. O primeiro é o ‘A Peste’, adaptação da obra de Albert Camus, que comecei a idealizar na pandemia. O outro projeto foi concebido ao lado do Ron Daniels e da Érica Teodoro. É uma compilação de monólogos das peças de Shakespeare chamada ‘Quem Está Aí?’”, detalha.

P – “Terra Nostra” retorna à programação da Globo mais de duas décadas depois da exibição original. Como você recebeu a notícia da reprise?

R – Adorei saber que a novela seria reprisada mais uma vez na tevê aberta. É uma ótima oportunidade para que uma nova geração tenha contato com essa história. Também estou bastante curioso para saber como será para mim, depois de tanto tempo, me rever neste trabalho e revisitar as memórias dessa fase tão especial da minha carreira e vida.

P – Foi difícil encarar o primeiro protagonista?

R – Bastante. Durante todo o processo de escolha sobre qual ator faria o Matteo, eu torci muito para ficar com o papel. Quando conquistei, veio o peso e a apreensão de interpretar o personagem principal na novela das oito, que agora é das nove. Foi um misto desses dois sentimentos: alegria e senso de responsabilidade. No fim, foi uma grande oportunidade para um jovem curioso, que estava começando, e que bom que tudo deu certo.

Adorei saber que a novela seria reprisada mais uma vez na tevê aberta

P – Como foi o seu mergulho na cultura italiana?

R – Assim que soube que interpretaria o personagem, a primeira coisa que pedi ao Jayme (Monjardim, diretor) foi para ir a São Paulo. Era o destino mais próximo onde eu teria maior contato com a cultura italiana. A colônia italiana em São Paulo é enorme e me receberam de forma absolutamente generosa. A partir dali, foram 23 dias intensos de preparação. Passei a assistir apenas filmes italianos, ouvir exclusivamente música italiana, frequentar aulas de língua e de dança tarantela, além de participar de almoços com famílias italianas.

P – “Terra Nostra” tem diversas cenas épicas e lembradas pelo público. Existe alguma em especial que você queira rever?

R – Todas as sequências do navio. Acredito que a decisão de filmar em outro país, a bordo de um navio de verdade, engrandeceu a novela. A forma como o Jayme e a emissora escolheram contar aquele primeiro capítulo deu um tom marcante à obra.

P – Após a novela, você acabou fazendo diversos trabalhos sob a direção do Jayme Monjardim. Como foi essa aproximação? R – A gente tem uma afinidade artística forte. Eu não gosto só de novelas de época, só de teatro, só de tramas urbanas. Gosto de passear por todas essas linguagens e estéticas. O Jayme me proporcionou essa versatilidade. Quando ele me convida para trabalhar, sabe o que vai me instigar e o que eu posso entregar para a trama. Ele acreditou em mim para viver o Matteo. E, sob o olhar dele, ainda participei de coisas incríveis como “A Vida da Gente”, “O Tempo e o Vento” e “A Casa das Sete Mulheres”.  

Terra Nostra” – Globo – de segunda a sexta, às 14h45.

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