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Wilson Carlos Soares Fuáh
Há um instante na vida em que a pergunta se impõe, silenciosa e inevitável: de que lado eu estou? Olho ao redor e percebo dois caminhos. O primeiro, largo e cômodo, é ocupado por uma multidão que acredita ser prisioneira do destino. Gente boa, de essência nobre, mas que se contenta com a ideia de que a vida já nasceu escrita. Não arrisca, não luta. Prefere o conforto de uma história previsível à vertigem do voo.
O segundo caminho é mais estreito. Ali andam poucos, quase invisíveis. São os que ousam melhorar a própria vida e, ao mesmo tempo, estendem a mão para que outros também cresçam. Eles enxergam além do horizonte, sentem a respiração de um infinito possível e se permitem sonhar. Muitos desistem antes mesmo de tentar. Alegam não ter asas, quando, na verdade, nunca ousaram aprender a voar.
O segundo caminho é mais estreito. Ali andam poucos, quase invisíveis
Vivem de justificativas, lamentações e saudades de um tempo que não lhes aconteceu — porque não se deram a chance de vivê-lo. Mas viver é simples e exige coragem. Não se trata de grandes façanhas: basta não se acomodar na ilusão de uma vida parada. Cada pequena vitória carrega uma força imensa, alimenta novas batalhas, fortalece a alma.
E é assim, passo a passo, que a felicidade se torna permanente: quando a gente se recusa a ser apenas mediano. No fim, tudo se resume a uma escolha íntima: permanecer entre os que assistem à vida passar ou juntar-se aos que ousam transformá-la.