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Opinião Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 08:42 - A | A

07 de Julho de 2025, 08h:42 - A | A

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O Brasil não suportará mesmo tantos penduricalhos

Não haverá volume dinheiro que seja suficiente para bancar os irrefreáveis privilégios, penduricalhos e regalias



José Vieira do Nascimento

A onda do momento é o descontrole dos gastos do Governo Federal, que predomina no noticiário. Déficit primário, desequilíbrio das contas públicas. Concordo que, a seguir neste ritmo, realmente a máquina pública irá mesmo implodir e o país se tornará ingovernável.

Isto porque no Brasil, para evitar o colapso fiscal só se fosse permitido fabricar dinheiro sem lastro. Qualquer estrutura de cobrança de imposto, por mais que arrecade trilhões, tende a se exaurir e extrapolar o arcabouço fiscal, porque não haverá volume de dinheiro que seja suficiente para bancar os irrefreáveis privilégios, penduricalhos e regalias de determinadas classes em detrimento da sociedade civil.

Ouvimos deputados e senadores, que simulando indignação se posicionam com ênfase de paladino da moralidade, imputando a culpa apenas no governo, do descumprimento aos limites prudenciais das metas fiscais no orçamento, como se o Congresso fosse um Mosteiro de religiosos que fizeram votos de pobreza.

São os mesmos que criaram novas cadeiras de deputados federais e aumentaram em R$160 milhões o valor do Fundo Partidário para a eleição de 2026.

Nos dias atuais, importante parcela da população usa a maior parte de seu tempo, olhando as desinformações na Internet, adoecendo a cabeça com fake News. Deveriam aproveitar para pesquisar o percentual do orçamento da União, gasto para pagar privilégios de deputados, senadores e supersalários da magistratura.

Deputados federais, além dos R$ 46 mil de salários, são favorecidos com inúmeros penduricalhos. Somente de verba de gabinete são R$ 133 mil para pagar assessores. Há auxílios para tudo. São insaciáveis por dinheiro. E não se constrangem, tão pouco tem um mínimo de pudor e sensibilidade com a criação indiscriminadas de verbas, sem a menor transparência e responsabilidade com os limites do arcabouço fiscal.

Câmara Federal passará a ter 531 deputados, que custarão a mais, R$ 64,6 milhões anual ao contribuinte

Parlamentares ávido por emendas. São insensíveis ao ponto de seus interesses sempre prevalecerem aos do povo. Votam contra ou a favor do governo, mas muito raro votarem a favor da população.

Deputados e senadores demonstram claramente que pouco se incomodam com a opinião da população. Um exemplo é a lei que criou mais 18 vagas de deputados federais. Após a eleição de 2026, a Câmara Federal passará a ter 531 deputados, que custarão a mais, R$ 64,6 milhões por ano ao contribuinte.

Os deputados federais brasileiros são os segundos mais caros do Planeta. Em gastos, ficam atrás apenas da Turquia. São 14 mil servidores, mais do que nos Estados Unidos. E com as novas vagas, este número irá crescer. O custo anual da Câmara Federal é de R$ 8,03 bilhões/ano.

Já um levantamento do Movimento Pessoas à Frente, revelou valores impressionantes relacionados a supersalários no Judiciário, com base em dados do CNJ [Conselho Nacional de Justiça]. O extrateto [acima do teto constitucional] cresceu de R$ 7 bilhões em 2023 para R$ 10, 5 bilhões em 2024.

Portanto, os brasileiros precisarão pagar muito imposto somente para bancar estes privilégios. Sem contar outras mutretas como o Fundo Eleitoral.

A responsabilidade com o teto de gasto constitucional deveria ser de todos os poderes, principalmente de quem é eleito para defender os direitos da sociedade. É simples e cômodo apontar culpados sem observar a própria cauda.

José Vieira do Nascimento/ é jornalista, pós-graduado em Comunicação editor de Mato Grosso do Norte.

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Agnaldo Alves Da Silva 07/07/2025

Ciclo vicioso que acaba chegando também o aumento de políticos nos municípios e na sequência o nepotismo é o cabide político de emprego. Bilhões.

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Agnaldo Alves Da Silva 07/07/2025

[07/07, 20:46] Agnaldo Alves da Silva: Ciclo vicioso que acaba chegando também o aumento de políticos nos municípios e na sequência o nepotismo é o cabide político de emprego. Bilhões. [07/07, 20:50] Agnaldo Alves da Silva: Mesmo políticos sao donos de tercerizadas que ganham licitações em empresas públicas. Os Mesmo políticos são donos das terras e das empresas. Uma máquina da monocultura de enrricar com o dinheiro público e ainda aparelhada com os comandos das policias indicadas e promovidas no interesse e um justiça familiar e aparentada e assim o Brasil dá desigualdade.

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