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Opinião Segunda-feira, 11 de Novembro de 2019, 00:00 - A | A

11 de Novembro de 2019, 00h:00 - A | A

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Carlos Alberto de Lima

A questão é aquele Ato Institucional de número 5 (o I-5) que nos fora presenteado pelo governo militar, no período da ditadura, a terrível e pior das medidas que um governo possa tomar e que em síntese destituía um restinho de democracia que pudesse existir no País. O ato revogava o direito de ir e vir do povo brasileiro.

O Ato Institucional número 5 foi o decreto mais pesado e mais sórdido dentre os dezessete Atos Institucionais que ganhamos de presente do governo militar, da Ditadura Militar. Instituído (porque era um ato institucional) aos 13 de dezembro de 1968 pelo então presidente general Artur da Costa e Silva, o AI-5, em minha opinião, foi o consolidador e financiador da tortura no País que assim como os campos de concentração do nazismo, os porões da ditadura no Brasil dizimaram vidas e vidas em espaços denominados DOI-CODI, Operação Bandeirantes e tantos outros nomes que fora dado ou que se queira dar para aquele obscuro período.

Não sei, não entendo o porquê alguns não querem que eu fale de política. Na verdade eu nem gosto muito desse tema, mas a política está tão presente em nossas vidas que tem horas como esse Fato de agora que não dá para deixar passar em branco. O AI-5 foi uma coisa horrível.

E agora o deputado Eduardo Bolsonaro, o número 01 dos filhos do Jair, pelo o que eu entendi, quer a volta do Ai-5. Dia desses um radialista de Alta Floresta ao replicar a notícia que ganhou proporções mundiais ao ser propalado pela imprensa internacional sua possível volta, por umas cinco vezes chamou o Ato Institucional número 5 reivindicado pelo numero 1, dos filhos do Jair, de AL-5. É por isso que eu defendo cada vez mais o qual importante é a leitura na formação do conhecimento alcançado pelo ser humano.

Mas voltando ao AI-5 (com I radialista. I de Institucional) o general Heleno parece-me que compactua da tenebrosa ideia, apenas acha difícil o seu retorno, mas não desnecessário. Àqueles desavisados, o AI-5 promoveu a censura na música, no cinema, no teatro, televisão, enfim qualquer tipo de arte e inclusive da comunicação em todos os órgãos da imprensa... Toque de recolher. Quem fosse contrario ao regime estava fodido. E assim se matava a esmo. E assim se foram Edsons Luises, Vladimires e outros.

O disco de Sergio Ricardo com a música Calabouço trazia o musico na capa com um esparadrapo na boca.  “Olha um vazio nas almas, olha um violeiro de alma vazia, cala a boca moço, calabouço”.

 

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