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Política Segunda-feira, 20 de Março de 2017, 00:00 - A | A

20 de Março de 2017, 00h:00 - A | A

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ATRASO DE MAIS DE UM ANO Reforma e ampliação do hospital de Paranaíta já consumiu quase R$ 3 milhões



José Vieira do Nascimento
Editor de Mato Grosso do Norte

A reforma e ampliação do hospital municipal de Paranaíta, lançado com muita pompa no dia 16 de novembro de 2015, com recursos da usina São Manoel Energia, tinha prazo de 120 dias para ficar pronta. Entretanto, um ano e três meses depois, não se sabe ainda quando estará concluída e a obra parece ter se transformado em um grande elefante branco.
A princípio, o valor do serviço seria de pouco mais de R$ 2 milhões. Mas o custo da obra, após uma sucessão de aditivos feitos pela prefeitura municipal de Paranaíta, está em R$ 2. 902. 319, 91. Isto é: já consumiu R$ 900 mil a mais do que previa o valor inicial. 

A obra é de responsabilidade da CMM Construtora e Incorporadora Eireli, que tem mais dois contratos com a prefeitura de Paranaita, para construção de uma quadra escolar coberta, com vestiário, na escola municipal Cristo Redentor. E uma quadra poliesportiva na escola Estadual Dr. Mário Corrêa da Costa. Assim como a reforma e ampliação do hospital, tais obras também estão com suas entregas atrasadas.
Levando-se em consideração os abundantes aditivos feitos pela prefeitura de Paranaíta no contrato com a CMM, na obra do hospital, sendo 8 aditamentos até no dia 8 de março de 2017, as medições e os pagamentos regulares, a relação entre a empresa e o prefeito Tony Rufatto, parecer ser amigável.
Tendo como base os meses de agosto e setembro de 2016, quando era realizada a campanha eleitoral nos municípios, foram 6 medições em agosto que totalizaram mais de R$ 170 mil. E em setembro, ápice do período eleitoral, foram 7 medições que somaram mais de R$ 123 mil. 
Mesmo diante desta cordial relação, com pagamentos sequenciados rigorosamente, no dia 31 de janeiro de 2017, o prefeito de Paranaita rescindiu três contratos que a prefeitura mantinha com a CMM Construtora e Incorporadora Eireli. O motivo alegado pelo gestor foi que a empresa não cumpriu o cronograma das obras. 
Todavia, no dia 17 de fevereiro, o prefeito assinou a suspensão da rescisão dos contratos, e no dia 8 de março fez mais um aditivo de R$ 90. 678,21 em favor da empresa. Mas o ritmo da obra do hospital continua lento e avançou muito pouco após a retomada do contrato. 
Em dezembro de 2016, a empresa responsável pela reforma, foi denunciada por aproveitar madeira podre, retirada da estrutura antiga do hospital, na obra. Após a denúncia, a madeira podre foi retirada. Neste ano, a CMM teve que retirar vidros blindex colocados fora da medida exigida no projeto.
No fórum de Paranaita, numa ação judicial contra a CMM Construtora e Incorporadora, a Regina Materiais para construção Ltda. cobra uma dívida de cerca de R$ 200 mil por fornecimento de material, os quais não recebeu. 
A CMM construtora e Incorporadora Eireli, que mantém estreita relações comerciais com a prefeitura de Paranaita, disponibiliza para contato, um telefone fixo e um e-mail de uma empresa de contabilidade de Várzea Grande. Em outros telefones celulares indicados, que seriam dos donos e responsáveis pela empresa, a ligação não é completada.
Já o prefeito de Paranaita foi procurado para falar sobre o atraso na obra do hospital, mas alegou questões de agenda para não receber a reportagem de Mato Grosso do Norte. 

 

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