Dionéia Martins/ Mato Grosso do Norte
O vereador Dida Pires usou a tribuna da Câmara Municipal de Alta Floresta, na sessão ordinária desta segunda-feira, 20, para fazer duras críticas à gestão municipal. O parlamentar questionou as recentes medidas de contenção de despesas adotadas pela Prefeitura e cobrou mais planejamento na aplicação dos recursos públicos.
Desde o dia 16 de setembro, está em vigor o Decreto nº 272/2025, que estabelece medidas de contenção e reestruturação financeira no Executivo municipal, com validade até o fim de dezembro. O decreto, segundo a Prefeitura, busca garantir o equilíbrio fiscal e o cumprimento de compromissos básicos até o encerramento do exercício.
Durante o pronunciamento, Dida reconheceu avanços em obras de pavimentação, mas afirmou que há um “excesso de contratações” e gastos que comprometem áreas essenciais.
“Não estou aqui para desmerecer o que foi feito. O prefeito deu um pontapé bacana na pavimentação, principalmente no Jardim Imperial. Está de parabéns. Mas, ao mesmo tempo, há prioridades que precisam ser revistas. Não dá pra gastar R$ 2 milhões numa exposição e depois faltar recurso pra Saúde e pra obras que pararam”, criticou.
O vereador relatou que esteve nos bairros Jardim Imperial e Cidade Bela, onde parte das obras de meio-fio e pavimentação estariam paralisadas. “Se não retomarem logo, aquele asfalto vai se perder. A gente percebe que a Prefeitura está no limite, buscando cimento aos poucos. Isso mostra que o caixa está apertado”, disse.
Dida Pires também sugeriu que futuros eventos de grande porte sejam realizados com recursos externos, por meio de parcerias, emendas parlamentares ou apoio de órgãos de Cultura.
“Quando se tira dinheiro direto dos cofres municipais, acaba faltando em outras frentes. É um alerta. No próximo ano, se repetir esse tipo de gasto, no meio do ano não vai ter dinheiro pra comprar medicamento básico”, afirmou.
O vereador encerrou o discurso pedindo mais planejamento à administração e à própria Câmara. “Agora é administrar o que resta. Talvez sobre algum recurso do Legislativo e o presidente possa ajudar a socorrer a Prefeitura nesse final de ano”, concluiu.