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Política Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 07:51 - A | A

26 de Abril de 2024, 07h:51 - A | A

Política / Reforma Tributária

Governador afirma que reforma tributária desincentiva "a industrialização do país"

Para Mauro Mendes, incentivos deveriam ser dados a quem exporta produtos agregados, e não primários



Lucas Rodrigues
Secom/MT

O governador Mauro Mendes afirmou que a Reforma Tributária - em fase de regulamentação - não está incentivando a industrialização do país.
A fala ocorreu durante entrevista à Jovem Pan News, na manhã desta quinta-feira, 25. De acordo com o governador, esse desestimulo ocorre em razão de a reforma prever a completa desoneração da exportação de produtos primários.
"Uma coisa é você incentivar a exportação, mas não de produtos primários. Nós tínhamos que incentivar a industrialização do país e exportar produtos com mais valor agregado. O problema é que essa reforma teve um foco, um peso muito grande nessa desoneração completa", relatou.
Mauro Mendes pontuou que toda a cadeia do agronegócio será desonerada com a reforma, o que incentiva a exportação apenas das commodities, sem fomento para que esses produtos sejam industrializados no país.

Para Mauro Mendes, incentivos deveriam ser dados a quem exporta produtos agregados, e não primários

"O agronegócio brasileiro é vocacionado para exportar e essa é uma grande atividade no Brasil e em todos os estados, já que 70% do que nós produzimos vai para as exportações. Então ninguém vai pagar absolutamente nada de imposto, porque como é não cumulativo e o último da cadeia que exporta vai receber o crédito que pagou na cadeia inteira, vai haver uma redução do pagamento de impostos dessa grande cadeia", registrou.
Outro impacto na reforma será a perda de arrecadação dos estados produtores e de baixa população, como é o caso de Mato Grosso, já que o modelo de tributação ocorrerá no local de consumo, e não na produção.
"Estamos nos preparando para isso. Hoje o Estado de Mato Grosso tem um grande programa de infraestrutura e nós vamos atrair mais investimentos, atraindo pessoas para virem trabalhar aqui. Nós já estamos criando um programa que a gente vai chamar aqui de Mato Grosso 33, MT 33, para enfrentar essa nova realidade", ponderou.
Mauro adiantou que continuará a participar das discussões da regulamentação da reforma, para minimizar os impactos da nova legislação em Mato Grosso.
"Nós precisamos ter mecanismos que nos garanta continuar crescendo, se desenvolvendo ", finalizou.

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