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Política Sexta-feira, 24 de Julho de 2020, 00:00 - A | A

24 de Julho de 2020, 00h:00 - A | A

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Pandemia | Vereadora diz que lockdown não resolve e comércio seria sacrificado



José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte

Com Alta Floresta ultrapassando os 300 casos confirmados de covid-19 [até nesta quinta-feira,23, eram 307] e  250 casos suspeitos, apesar da maioria da população ser contra, as autoridades do município não descartam o decreto de novas medidas para tentar controlar a onda de contágio, inclusive a possibilidade de estabelecer lockdown, que é uma medida extrema que afetaria as empresas com o fechamento do comércio.
O que preocupa o setor de saúde é que Alta Floresta já chegou a ter 60 casos ativos, o que poderia levar a uma ocupação de 100% dos leitos destinados a pacientes de covid-19. 
Porém, a vereadora Cida Sicuto (PSDB) líder do prefeito Asiel Bezerra na Câmara Municipal, é contra o executivo municipal chegar a tomar esta medida. Para ela, lockdown não iria resolver e o comércio local iria pagar um preço alto.
“O comércio não pode ser penalizado com lockdown. Tem que penalizar aquele que não cumpre as normas de segurança. Tem que notificar, multar e se a pessoa continuar rescindindo, tem que lacrar. Mas todos não podem pagar pela irresponsabilidade de alguns”, assevera.  
Ela cita os advogados que passam por dificuldades, porque desde o início da pandemia o fórum está fechado. “Há 4 meses que nós, advogados, praticamente não temos acesso à justiça. Por mais que saiam decisões, não adianta porque os oficiais de justiça não cumprem mandados. É complicado. Por isso, acredito que lockdown não resolve o problema”, pontua. 
Na sua opinião, o Estado teria que disponibilizar para o tratamento do coronavírus, mais leitos de UTIs e hospitais para atender os pacientes. “Já chegamos a 60 casos ativos, mas quando isto acorreu, no hospital não tinha nenhuma pessoa internada da cidade. O leito ocupado era com pessoa de fora”, observa.
Segundo ela, está havendo um relaxamento por parte da população com relação a doença, não tomando os cuidados de prevenção. “Muita gente não está levando a sério, continua fazendo festa, indo para os rios e não devemos fazer isto porque acabamos sendo responsáveis pelo crescimento de casos”, disse.

No que toca ao município, a vereadora defende que se instale um hospital de campanha para atender a população. “O atendimento em Alta Floresta está excelente. Eu posso afirmar porque passei 8 dias em quarentena, mas meu resultado veio negativo. E a Secretaria de Saúde dá uma atenção especial, cuidando e acompanhando o que está acontecendo com o paciente”, assegura. 

A parlamentar observa também que desde o início da pandemia se fala em lockdown em Alta Floresta, apesar de a cidade estar em situação mais favorável do que outras cidades da região, que estão com um número muito maior de casos de covid-19.
“Aqui mesmo perto de Alta Floresta tem Colíder, Peixoto de Azevedo, sem falar em cidades como Lucas, Sorriso e Sinop. Porque não decretam lockdown nestas cidades?”, questiona. Alta Floresta não pode pagar pelos demais município onde o Estado não está conseguindo atender a população com UTIs”, completa.

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