Falta de recursos já reflete na qualidade dos serviços públicos. Tem faltando merenda escolar, óleo diesel e remédios.
A prefeita de Nova Bandeirantes, Solange Kreidloro (PSD), a Sol, está enfrentando sérias dificuldades para administrar o município. Faltando ainda mais de dois meses para completar dois anos de mandato, a administração da pedesista caminha para a insolvência. Na última segunda-feira, a Câmara Municipal reprovou por unanimidade um projeto de autoria do Executivo Municipal de Nova Bandeirantes, que pedia autorização para fazer um empréstimo junto ao Banco do Brasil.
Os vereadores, apesar de a prefeita ter a maioria na Câmara, acharam por bem não conceder a autorização porque, caso fosse aprovado, seria o segundo empréstimo, da prefeitura de Nova Bandeirantes, concedido à atual gestão, podendo comprometer ainda mais as finanças da prefeitura.
A dívida da prefeitura de Nova Bandeirantes chega a 3 milhões e 100 mil reais. Mas o valor passa a ser expressivo para um município cuja arrecadação mensal gira em torno de R$ 1,1 milhões. Administração vem enfrentando dificuldades para pagar as contas com fornecedores e o salário do funcionalismo.
A crise financeira já atingiu os serviços públicos prestados à população. Na segunda e terça-feira desta semana, os alunos da Escola Ernesto Neiverth ficaram sem merenda escolar. E na zona rural, nas localidades de Pirajuí I e Marmeleira, durante três dias, os alunos não puderam ir à escola porque faltou óleo diesel para o Transporte Escolar.
A falta de recursos reflete também na qualidade do serviço de saúde municipal. O atendimento no hospital municipal está precário, faltando médicos e remédios. O salário dos médicos que atendem na saúde pública Municipal estaria atrasado. Um paciente da cidade que sofreu uma lesão na coluna teve que ser transportado para o hospital regional de Alta Floresta em um veículo Uno.
A falta de óleo diesel para atender os veículos da prefeitura se deu em função de um impasse surgido entra a chefe do executivo municipal e empresários que atuam no município. Conforme informou uma fonte com assento na Câmara Municipal, a principio a prefeitura usava o depósito de um posto de combustível para guardar o óleo.
No entanto, a prefeitura tinha 10 mil litros depositados, mas acabava usando mais do que isto. A prefeitura assinava notas do excedente, mas a dívida não era paga. Por este motivo, o dono do posto, que já tinha um grande valor para receber da prefeitura, não permitiu mais que o óleo ficasse depositado em sua empresa.
A prefeitura passou a usar então um tanque de uma empreiteira para depositar o óleo diesel da prefeitura. Entretanto, a prefeitura de Nova Bandeirantes também devia para o dono a empresa. Como a dívida não estava sendo paga, o proprietário da mesma impediu que a prefeitura retirasse o óleo até que a conta fosse quitada.
Reportagem MT Norte