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Política Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2019, 00:00 - A | A

16 de Dezembro de 2019, 00h:00 - A | A

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Prefeitura quer doar área de 7.390 metros quadrados; sessão é hoje na Câmara



osé Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte

Na manhã desta segunda-feira, 16, está marcada uma sessão extraordinária da Câmara Municipal de Alta Floresta, às 9horas, para votar um projeto de lei de autoria do executivo municipal, para a doação de uma área de 7.390 metros quadrados, no Residencial Jardim Europa, para a empresa DECOMAR, que atua no ramo de venda e fabricação de moveis no município.
O projeto, protocolado em regime de urgência na sexta-feira na Câmara Municipal, causou grande impacto e indignação ao ter seu conteúdo vazado e ser divulgado em redes sociais. 
Na justificativa, o executivo municipal argumenta que com a construção de um barracão, a empresa irá gerar empregos e fomentar a economia, com a fabricação de moveis, além de se comprometer em criar no município, o programa Jovem marceneiro. 
A matéria promete muita polêmica e deverá reunir um grande número de pessoas na Câmara Municipal na realização da sessão.
Mato Grosso do Norte tentou contato com alguns vereadores para saber suas opiniões sobre o projeto. Entre os que responderam os questionamentos do jornal, o presidente da Câmara, Emerson Machado (MDB) e o vereador José Valdecir, o Mendonça (PSC) disseram que ainda estão analisando o projeto e não tem uma opinião formada.
A líder do prefeito Asiel Bezerra na Câmara Municipal, vereadora Cida Sicuto (PSDB), adiantou que votará contra o Regime de urgência. 
“Temos que ter tempo para analisar, vê o que foi juntado de documentos ao projeto. Mas é difícil fazer doação de lote em local inadequado. A área em questão teria que ser para associação, órgãos públicos e praças”, observou Cida.

Já o vereador Dida Pires, afirmou que o ideal seria a prefeitura fazer uma concessão de uso para a empresa, invés de doar a área, que, segundo ele, tem valor de R$ 400,00 o metro quadrado, e não é uma área industrial. O vereador adiantou que votará contra o projeto. 
O médico Dr. Mário Nishikawa, usou as redes sociais para protestar contra a atitude da prefeitura municipal. Conforme ele, o local não é adequado a instalação de uma marcenaria, por ser uma área residencial.
Ele afirmou que as áreas públicas são destinadas para as instalações que atendam os interesses da população e não para ser doadas para empresas particulares para benefícios pessoais.
“Apelar para interesse sociais, argumentando que será implantado o projeto Jovem Marceneiro, é uma atitude falaciosa. Pelas informações, a empresa não tem escola reconhecida e nem instituição com personalidade jurídica para prestar esse tipo de serviço de interesse social”, assevera o médico.
Para ele, o fato do executivo municipal enviar o projeto em Regime de Urgência, dá margem para a população acreditar que há falta de transparência e possibilidade de favorecimento. 
DR. Mário também lembrou que a prefeitura já tem um barracão de alvenaria, construído com a esta finalidade, equipados com máquinas especificas, que estão paradas. “Este barracão fica no pátio da secretaria de Obras. O que falta é vontade política para reativá-lo”, protestou.
A empresária Flávia Benetti, proprietária da Móveis Benetti, pioneira em Alta Floresta, se mostra indignada. Disse que há mais de 30 anos atuando no município, nunca foi beneficiada em nada pela prefeitura. 

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