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Política Quarta-feira, 23 de Novembro de 2016, 00:00 - A | A

23 de Novembro de 2016, 00h:00 - A | A

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Romoaldo justifica que há despesas que não podem ser empenhadas pela AL

MTNorte



Reportagem
Mato Grosso do Norte 

O deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) que participou da entrega de uma ambulância e do lançamento da uma obra de uma creche nesta segunda-feira em Alta Floresta, declarou com exclusividade à Mato Grosso do Norte, que foi sacaneado pelo advogado Júlio César Domingues Rodrigues, no caso do acordo entre o banco HSBC e a Assembleia Legislativa. 
“Ele recebeu R$ 9 milhões, não pagou o banco e ainda gravou a gente”, disse Romoaldo, se referindo as gravações que foram feitas e apresentadas ao Ministério Público, pelo advogado Júlio César, através de delação premiada, nas quais aparecem o deputado Romoaldo e seu chefe de gabinete, Francisvaldo Mendes. 
Romoaldo disse que Júlio Cesar apresentou a proposta para o ex-deputado José Riva, à época presidente afastado da Assembleia Legislativa, para dar andamento no pagamento da dívida que a Assembleia tinha com o banco. 

O Dico errou, mas não é bandido, diz deputado

O deputado admite que houve uma negociação ‘por fora’ porque, conforme ele, muitas despesas feitas pelos deputados não podem e nem tem como serem empenhadas pela Assembleia Legislativa. 
“Legal não é! Mas eu te pergunto: é legal pagar o transporte de doentes, pagar caixões e enterro, internações, passagens, formaturas e etc? Esse recurso é usado para pagar estas despesas, que não atribuições dos parlamentares”, diz o deputado.  
Romoaldo voltou a defender seu chefe de gabinete, Francisvaldo Mendes Pacheco, conhecido como Dico, que foi preso na operação Filho de Gepeto, segunda fase da Operação Ventríloquo, e que ainda permanece na prisão.
O parlamentar admite que ele errou ao fazer negociações por fora, mas que o mesmo não é bandido. 
Dico, conforme o Ministério Público, participou das estratégias no esquema que teria desviado R$ 9, 4 milhões na execução da pagamento da dívida da Assembleia Legislativa com o banco HSBC.     
“O advogado prometeu pagar pra ele 1% do valor que iria receber. O Dico havia acabado de casar, com filho recém-nascido, fudido, precisando de dinheiro...Ele errou, mas não é bandido!”, justificou o deputado, afirmando que está lutando para tirá-lo da prisão.   

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