Ilson Machado
Mato Grosso do Norte
Na Semana Municipal pela Não Violência Contra a Mulher, celebrada de 25 a 29 deste mês de novembro em Alta Floresta, criada através da Lei Municipal 2.445/2018, várias ações de conscientização e sensibilização sobre o combate à violência contra a mulher estão sendo desenvolvidas.
A programação começou na segunda-feira, 25, e se estende até sexta-feira, 29, destacando a importância de medidas preventivas para estagnar a violência doméstica sofrida pela mulher.
Finalizando a Semana Municipal pela Não Violência Contra a Mulher, será realizado na Escola Rui Barbosa, um trabalho de interatividade com os alunos, com a apresentação de palestras proferidas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Polícia Militar e entidades parceiras.
A Semana Municipal pela Não Violência Contra a Mulher, conta com atuação de órgãos importantes, como o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Câmara Municipal de Vereadores, Secretaria Municipal de Assistência Social, Casa da Amizade, Clubes de serviços, Poder Judiciário e Ministério Público Estadual, todos imbuídos na luta contra esse tipo de crime, que apesar de todo o empenho dos órgãos de segurança, tem demonstrado índices preocupantes de crescimento.
Com a finalidade de melhor difundir a Semana Municipal pela Não Violência Contra a Mulher, considerando que é de vital importância todos estarem cientes sobre a necessidade que se tem de combater o crime de violência doméstica, que faz mulheres e crianças vítimas, a vereadora Ilmarli Teixeira, fez a destinação de recursos através de emenda impositiva para custear a produção de material de divulgação da semana.
A vereadora que tem sido veemente em seus discursos na tribuna, destacando sempre a necessidade de combate à violência contra a mulher, para que todas possam ter uma vida digna e justa sem serem vítimas dentro de suas próprias casas, em entrevista ao Jornal Mato Grosso do Norte, nesta terça-feira, 26, fez uma observação sobre a atual realidade vivida por grande parte das mulheres brasileiras.
“Mesmo diante de todo um processo de empoderamento feminino, algumas mulheres ainda não conseguiram sair da condição de submissão, de serem tratadas como objetos e não seres humanos, que ainda não conseguiram sua plena liberdade”, enfatiza a vereadora.
Outro fator que tem de ser considerado, de acordo com ela, é a questão de políticas públicas para combater esse tipo de criminalidade. “Isso falta não só em Alta Floresta, mas em todo o estado, que hoje de acordo com as estatísticas está entre os estados com maior índice de violência contra as mulheres”, pondera a vereadora.
Para,Ilmarli, a partir do momento que as mulheres não denunciam seus agressores, a violência permanece. De acordo com ela, mulheres precisam reunir coragem de expor seus problemas, principalmente quando se trata de agressão, seja qual tipo for de agressão.
“Hoje apesar da falta de políticas públicas de combate, como já citei, nós temos em Alta Floresta, uma sala de atendimento especial as mulheres vítimas de violência doméstica que está disponível na Delegacia Regional de Polícia Judiciária Civil, onde as vítimas são atendidas, acolhidas e protegidas através de medidas protetivas e outras medidas necessárias”, aponta a parlamentar, “Ainda temos a Patrulha Maria da Penha, com profissionais de segurança especializados para atuarem em casos de violência doméstica. Então temos toda uma rede de apoio a essas mulheres, mas, mais uma vez quero destacar, que é importante a manifestação delas através de denúncias para que a justiça possa agir”, concluiu Ilmarli.
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