Jornal Mato Grosso do Norte
José Vieira do Nascimento
Editor de Mato Grosso do Norte
O vereador Manoel de Moura Nunes, o Netinho (PDT), afirmou à Mato Grosso do Norte, que não há justificativas para a administração municipal de Paranaíta ter entrado em contingenciamento, alegando falta de recursos.
Netinho, que foi reeleito para o quinto mandato, disse que a alegação de crise do prefeito Tony Rufatto (PSDB), que exonerou secretários, cortou todas as gratificações do funcionalismo e fechou Unidades Básicas de Saúde, não são verídicas.
“Em novembro, a arrecadação da prefeitura de Paranaíta foi de R$ 5 milhões. Paranaíta não passa por crise e é um município diferenciado dos demais da região. O prefeito usa a crise propagada no noticiário, para passar para a população que o município também está em crise. E os moradores não vão olhar o site do Portal da Transparência para ver quanto que o município arrecada”, enfatiza o parlamentar.
Netinho diz que prefeito usa crise para esconde a verdade da população
Para o pedetista, não seria necessário o prefeito parar o município para fazer o fechamento do mandato. “Nem quando município não tinha dinheiro foi preciso prejudicar os servidores e exonerar secretários para fechar um mandato. O problema é que falta competência, planejamento e capacidade de gestão ao prefeito. Recurso o município tem!”, dispara o vereador.
Conforme o vereador, o prefeito incidiu em um ato inconstitucional ao paralisar as atividades de Postos de Saúde, alegando contenção de gastos. Segundo ele, o atendimento à saúde é um direito da população e não há hora para as pessoas ficarem doentes e para as mulheres grávidas darem a luz.
Conforme ele, prefeitura de Paranaíta fechou duas Unidade Básicas de Saúde na Cidade e uma no Assentamento São Pedro. Estão fechados os PSFs do Jardim Esperança e Setor do Clube na cidade e o PSF da comunidade Sombra da Manhã no Assentamento.
“A população está reclamando e estou procurando informações para acionar a justiça pedindo a reabertura das Unidade de Saúde. A saúde é um direito da população”, acentua.
Sobre as obras que foram paralisadas, Netinho diz que não há motivo plausível para as mesmas serem paralisadas.
O hospital municipal, segundo ele, é uma obra compensatória da usina hidrelétrica São Manoel. “O hospital já deveria ter sido entregue, mas a obra está lenta como passos de jabuti. E o dinheiro da execução foi liberado”, pontua.
Ele também cita o Ginásio de Esporte, que está parado há mais de três anos, mesmo com o recurso tendo sido liberado. Conforme o vereador, o prefeito parou a obra do ginásio porque ela foi viabilizada por vereadores de oposição com o então senador Jayme Campos.
“O prefeito parou a obra por picuinha. Na sua cabeça, avalia que o mérito seria nosso, já que foi eu, a vereadora Maria e o Birobiro, quando ele ainda era do DEM que conseguiu o recurso”, observa Netinho.
Outra obra parada na atual administração, de acordo com Netinho, é a creche, que ficou praticamente concluída no mandato do ex-prefeito Dr. Pedro, mas que também efoiu abandonada.
“A falta de transparência na atual gestão e a realidade dos fatos não são repassadas a sociedade. Este discurso de crise é uma grande inverdade que está sendo imputada aos moradores. Mas como oposição, vou fazer a minha parte. O prefeito, agora, tem experiência de quatro anos de mandato e não pode encontrar desculpas para a falta de ação da administração municipal”, o pedetista.