William Bonner está cansado. A longa jornada de trabalho e a enorme responsabilidade de ser editor-chefe e apresentar o principal telejornal do país parecem ter pesado bastante para o jornalista nos últimos tempos.
Essa percepção tem gerado inúmeros comentários nos bastidores e, claro, provocado algumas movimentações. No momento, Márcio Bonfim e César Tralli são os mais cotados para a futura substituição.
Aos 60 anos de idade, 28 deles à frente do Jornal Nacional, Bonner já sinaliza o desejo de “desacelerar”
A Globo tem interesse de mantê-lo no posto até quando ele desejar, mas alguns acreditam que não será uma missão fácil ter garantia de que o âncora estará na cobertura das próximas eleições presidenciais no Brasil.
Uma fonte me revelou que o principal argumento para isso acontecer será o fato de que em 2026, caso permaneça, Bonner completará exatos 30 anos no comando do jornalístico. Atualmente, ele já é o âncora mais longevo da história do JN.
O que descobri e que mais chamou a minha atenção foram os detalhes de uma conversa dele com a alta cúpula em que demonstrou interesse de continuar atuante quando encerrar sua missão como comandante do telejornal.
O ex-marido de Fátima Bernardes não quer mais a obrigação de ter que estar em grandes coberturas e passar longas horas no trabalho aos finais de semanas e feriados. Dedicado, ele preza por dar o exemplo. Bonner quer mais tempo para viajar com a esposa e também curtir os filhos.
Porém, ao mesmo tempo, também demonstra um forte interesse em atuar nos bastidores em discussões que envolvem temas importantes sobre o futuro do país. Bonner entende seu papel como uma verdadeira missão.
Por lá, alguns avaliam que algumas falas são claro sinal de que um cargo de destaque na chefia do jornalismo do canal o agradaria. Bonner não fez o pedido de forma direta, mas demonstrou forte inclinação a este desejo.
Claramente, o comandante do JN não quer tomar o lugar de ninguém, a criação de um novo posto dentro no jornalismo seria uma solução. Qual cargo? Quais funções exatamente? São perguntas que parecem ainda não ter respostas.
A ideia, nunca cogitada, só passou a ser uma possibilidade pela forte relação do jornalista com o Grupo Globo. Alguns executivos entendem que seria uma forma de reconhecer a contribuição de tantos anos por parte do profissional.
Pesa também o fato de Bonner ter uma boa relação com as chefias de jornalismo das praças. O jeito de fazer o JN, concebido por Bonner, se tornou um modelo replicado por grande parte das afiliadas da emissora.
Mas, ele ficaria longe do vídeo? Talvez, não. A TV seria mais uma “diversão”. Uma fonte me revelou que o jornalista tem um forte desejo de comandar alguma atração sobre carros, uma de suas paixões. Não seria necessariamente um programa, mas algo como um quadro especial sobre carros e que poderia ser exibido no Fantástico ou até mesmo no Globoplay.