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Variedades Quarta-feira, 13 de Agosto de 2014, 00:00 - A | A

13 de Agosto de 2014, 00h:00 - A | A

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Campanha Nacional de Amanentação 2014



O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lançou na quinta-feira, 7, em Brasília, a Campanha Nacional de Aleitamento Materno 2014. O evento integra a 22º Semana Mundial de Amamentação, que é comemorada em mais de 175 países. O tema da campanha este ano é “Amamentação. Um ganho para a vida toda”, e tem como madrinha a atriz Nívea Stelmann, mãe da pequena Bruna, de quatro meses, que mama exclusivamente no peito, e do Miguel, de nove anos, que mamou por quase dois anos, tempo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.

 Estudos mostram que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Mais do que é evitado pela vacinação ou pelo saneamento básico, segundo a OMS. Em 2008, 41% das mães brasileiras amamentavam exclusivamente nos primeiros seis meses de vida do bebê. Atualmente, o Ministério da Saúde trabalha na elaboração de novo estudo e, observando a tendência de crescimento, estima um aumento, nos últimos seis anos, de 10,2% no número de crianças sendo amamentadas exclusivamente até seis meses.

O ministro da Saúde, Athur Chioro, ressaltou a importância do envolvimento de toda a sociedade, inclusive das empresas, para garantir o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. “Essa campanha é importante porque precisamos do envolvimento de todos. Para estimular a amamentação até os seis primeiros meses, estamos apoiando a criação de Salas de Apoio à Amamentação em empresas de todo o país, capacitando os profissionais que atuam como referência”, disse o ministro. Ele destacou ainda o esforço do Ministério da Saúde para fazer com que a cultura do aleitamento esteja presente em todas as camadas da sociedade. “Além da campanha, realizamos ações e orientamos as mães permanentemente por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), da estratégia Saúde da Família e toda a Rede de Atenção do SUS”.

A atriz Nívea Stelmann falou da emoção de ter sido escolhida como madrinha da nova campanha de amamentação. “Fiquei muito emocionada quando fui convidada porque acredito realmente na importância da amamentação. Vejo a diferença na vida da Bruna e do Miguel, que irá completar 10 anos e, em todo esse tempo, teve pouquíssimos problemas de saúde. Consegui amamentá-lo até os dois anos”, disse Nívea Stelmann.

A campanha, produzida pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo incentivar às mães brasileiras a amamentar até os dois anos ou mais e de forma exclusiva até o sexto mês de vida do bebê. O leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água, e protege de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além possibilitar o fortalecimento dos vínculos entre a mãe e o bebê.

A Semana Mundial de Amamentação é uma estratégia idealizada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (Waba, sigla em inglês) e ocorre em cerca de 175 países. Este ano, o tema global é aumentar a proteção, a promoção e o apoio ao aleitamento materno diante da contagem regressiva para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil alcançou em 2012 a meta do ODM 4, de redução da mortalidade na infância (menores que 5 anos), três anos antes do prazo estabelecido (2015) e com um dos melhores resultados do mundo, diminuição de 77%.

BANCOS DE LEITE - Os bancos de leite figuram entre as principais iniciativas do Ministério da Saúde para a redução da mortalidade infantil, inseridos na estratégia da Rede Cegonha. Cada litro de leite pode atender até 10 recém-nascidos internados por alimentação, dependendo da necessidade. Toda mulher que amamenta pode doar leite materno para atender a demanda de bebês prematuros e de baixo peso. O Brasil conta com 213 Bancos de Leite e 141 Postos de Coleta. Desta forma, o país possui a maior Rede de Bancos de Leite do mundo. Desde 2011, o Ministério da Saúde repassou R$ 1,5 milhão para custeio desses serviços, beneficiando 4,7 milhões de mulheres, que receberam algum tipo de assistência.

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