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Variedades Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025, 14:28 - A | A

12 de Novembro de 2025, 14h:28 - A | A

Variedades / PSORÍASE

Doença vai além da pele e exige cuidados contínuos com corpo e mente

A condição pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum entre os 20 e 30 anos e após os 50



Foi celebrado no dia 29/10 o Dia Mundial e Nacional da Psoríase, data dedicada a orientar a população sobre uma doença crônica, inflamatória e não contagiosa que ainda enfrenta preconceitos e pode gerar consequências graves para a saúde dos pacientes. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase atinge cerca de 1,3% da população brasileira, com variação de 0,9 a 1,1% na região Norte.
A condição pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum entre os 20 e 30 anos e após os 50, podendo também afetar crianças e adolescentes.


“É uma doença com predisposição genética que, junto a fatores ambientais e/ou comportamentais - como tabagismo, etilismo, obesidade, estresse psicológico, agentes infecciosos e uso de certos medicamentos - faz com que linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberem substâncias inflamatórias que estimulam a migração de outras células, perpetuando o processo inflamatório na pele e em outras áreas, como couro cabeludo, unhas e, em alguns casos, articulações”, explica o dermatologista e hansenólogo do Hospital de Doenças Tropicais da UFT (HDT), Ebert Mota.


Os cuidados vão além da estética. “Há pouco tempo, se achava que ela era somente uma doença da pele e que uma pequena parcela dos pacientes poderia também ter esse processo inflamatório em articulações específicas, o que chamamos de artrite psoriática.


Porém, nas últimas décadas sabe-se que esse processo inflamatório contínuo pode desencadear outras doenças, principalmente relacionadas ao sistema cardiovascular”, alerta Mota.


A psoríase se manifesta de diferentes formas: vulgar (em placas), capilar, palmo-plantar, invertida, pustulosa, gutata, ungueal e eritrodérmica – esta última considerada grave, podendo comprometer toda a pele e exigir internação hospitalar. “Todas essas formas da doença acabam gerando um componente emocional importante aos pacientes, já que a pele é um órgão visível do nosso corpo, assim como as unhas e os cabelos. Além do componente psicológico, temos que acompanhar a parte metabólica do paciente, por causa dos processos inflamatórios e as formas mais graves, que exigem internação hospitalar”, destaca o especialista.

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