José Vieira/ Mato Grosso do Norte
A questão relacionada a limites territoriais envolvendo os municípios de Alta Floresta e Carlinda, tem atualmente uma possibilidade de ser solucionado. No entanto, dependerá de ação política de ambos os municípios, sobretudo Alta Floresta.
O problema retrocede há mais de 15 anos. Surgiu ainda no mandato da ex-prefeita Maria Isaura. Com uma revisão feita à época, houve uma mudança nos limites territoriais dos municípios de Alta Floresta e Carlinda. Com isto, uma parte da comunidade Santa Lúcia e Ramal do Mogno passaram a pertencer ao município de Carlinda.
A comunidade pertence a Carlinda, mas os eleitores são de Alta Floresta
Desde então, os moradores passam por constantes transtornos e a comunidade está insatisfeita. O vereador Dida Pires (Cidadania), disse à Mato Grosso do Norte, que com a Comissão formada na Assembleia Legislativa para rever questões de limites territoriais de alguns municípios de Mato Grosso, abre-se a perspectiva para buscar a solução para o problema.
A Comissão tem como presidente o deputado estadual Ondanir Bortoline, Nininho (Republicanos). Segundo o vereador, recentemente moradores da comunidade Santa Lúcia procuraram a Câmara Municipal e cobraram uma solução. “Isto tem que ser resolvido por vários motivos, principalmente a Escola da comunidade, Unidade de Saúde e manutenção das estradas. A comunidade pertence a Carlinda, mas os eleitores são de Alta Floresta. E acredito que agora é a oportunidade de resolver”, disse.
Ele explica que os prefeitos de Alta Floresta e Carlinda terão de conversar e chegar a um entendimento. E depois as duas Câmaras terão que aprovar para ser encaminhado para a Comissão da Assembleia Legislativa, informando que ambos os municípios estão de acordo com a revisão.
Conforme Dida, o prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba, esteve reunido com os vereadores e disse que irá conversar com o prefeito de Carlinda, Pastor Fernando, para tentar formular um acordo.
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Alta Floresta, Francisco Ailton (Republicanos) que na semana passada esteve reunido com o deputado Nininho, que preside a Comissão de Revisão Territorial, disse que a informação é que a Comissão está aguardando uma definição da Câmara dos Deputados, sobre o plesbicito.
Com a decisão da Câmara dos Deputados, será definido se o plesbicito, que faz parte do processo, tem que ser com toda a população, ou se apenas os moradores da área envolvida serão consultados.
Ele explica ainda que também farão parte do processo de revisão territorial, levantamentos realizados pelo Intermat [instituto de Terra de Mato Grosso] e pelo IBGE. “Quando for feito estas mudanças em Brasília, é que a Comissão da Assembleia estará apta para iniciar os trabalhos visando a revisão territorial nos municípios. Mas já conversamos com o deputado Nininho e ele nos garantiu que irá nos ajudar a resolver esta questão”, explica Ailton.








