Por Jovem Pan
O 3 em 1 desta sexta-feira, 17, repercutiu a operação "Carne Fraca", a maior da história da Polícia Federal. Cerca de 1100 agentes atuaram no cumprimento de 27 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 conduções coercitivas e 194 pedidos de busca e apreensão. A ação ocorreu em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
As investigações apontam que grandes frigoríficos como JBS e os controlados pela empresa BRF Brasil usavam produtos químicos, alguns cancerígenos, para adulterar a carne ou esconder o cheiro de produto vencido. Fiscais do Ministério da Agricultura recebiam propina para afrouxar as fiscalizações e facilitar a obtenção de licenças. A Polícia Federal apontou que parte do dinheiro recebido pelos fiscais foi partilhado com partidos políticos, como PMDB e PP.
O atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio, aparece em uma das ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, mas não é indicado como suspeito de participar de atos ilícitos.
Vera Magalhães questionou a atuação da Polícia Federal, que monitorou os investigados por 2 anos e permitiu que carne adulterada chegasse à mesa do consumidor. Carlos Andreazza concordou com Vera e apontou que a saúde do brasileiro deveria estar em primeiro lugar. Marcelo Madureira também reclamou da demora da Polícia Federal, e criticou a irresponsabilidade das empresas envolvidas.