Assessoria
Um setor em expansão, que oferece grandes oportunidades de negócios, agregação de valor à produção primaria e geração de empregos, mas que tem como grande gargalo a logística, uma vez que em breve atingirá a marca de 5 bilhões de litros de biocombustível produzidos. Este é o cenário apresentando nesta quarta-feira (27.03), pelo segmento de biocombustível do estado durante o 8º Encontro SucroenergéticWo, promovido pelo Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso -SINDALCOOL/MT, em parceria com o SENAI.
Mato Grosso produz, atualmente, 1,85 bilhão de litros de biocombustível/ano, contando com 11 industrias que utilizam como matéria prima a cana-de-açúcar e o milho. Ainda este ano, haverá um incremento de três novas plantas, para atuar na produção de etanol de milho, a ser instaladas em Sorriso, FS Bioenergia, Sinop, Inpasa, Campo Novo do Parecis, Etamil. Na terça-feira, a FS Bioenergia inaugurou a segunda etapa de indústria localizada em Lucas do Rio Verde, dobrando sua capacidade produção.
“Temos um setor em franco crescimento, que traz grandes oportunidades. Junto com as oportunidades vem os gargalos. O nosso maior é a logística. Trabalhamos junto com outros setores e governos para viabilizar as saídas, que podem vir com a ferrovia, o etanolduto, a hidrovia. De Miritituba, a hidrovia pelo rio Tapajós segue até o porto de Santarém também no Pará, permitindo alcançar, por cabotagem, os estados do nordeste.
O setor projeta triplicar a produção do biocombustível em Mato Grosso nos próximos anos, podendo chegar a 5 bilhões de litros em cinco anos. Isto graças a oferta em abundância de milho e a políticas como o RenovaBio. Tanta produção exigirá meios de escoamento, hoje já enfrenta problemas. A maior parte da produção seguirá para outros mercados, já que Mato Grosso já não consome a produção atual.
O presidente do Sistema Fiemt - Federação das Industrias do Estado de Mato Grosso, Gustavo Oliveira, apontou que o segmento tem sido o grande propulsor de investimentos no estado, agregando valor a produção, atuando como um setor estratégico no desenvolvimento industrial de nosso estado, mas também lembrou das dificuldades enfrentadas pelo setor. “É um setor em que tudo se aproveita, produzindo combustível, bioenergia, proteína, que está em atividade há décadas, mas para o qual ainda faltam politicas públicas, existem problemas regulatórios e existe a questão logística”.