José Vieira
Mato Grosso do Norte
A morte de abelhas por uso indevido de agrotóxico também vem ocorrendo na região de Alta Floresta. O apicultor Agnaldo Alves, da comunidade Guadalupe, afirma que perde por ano, uma média de 40 caixas de abelhas.
Considerando que cada caixa tem um enxame com uma quantidade de 20 a 60 mil, chegam a morrer por ano, conforme Agnaldo, 1, 8 milhão de abelhas.
“É um prejuízo que vai além da questão econômica. É um dano enorme para a própria natureza”, diz o produtor.
No mês de julho, um produtor de Algodão de Sorriso, usou de forma irregular um agrotóxico identificado por técnicos do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso) como Fipronil, causando a morte de 100 milhões de abelhas. E foi multado em R$ 225 mil.
“Não podemos falar onde acontece as mortes para não prejudicar o produtor e a parceria que temos para desenvolver a atividade. Mas este ano, já perdemos 7 caixas. Já teve ano que perdemos 40. E todos os anos temos que repor. O veneno também enfraquece os enxames de abelhas. Elas param de produzir e vão morrendo aos poucos”, disse.
Muitas caixas deixam de ser utilizadas porque alguns destes venenos são sistêmicos, ficam impregnados nas caixas e as abelhas não conseguem mais morar no local. O prejuízo, segundo Agnaldo, é de cerca de 600 quilos de mel por ano. Ele tem uma produção anual em torno de 3 a 4 toneladas de mel.
E não são somente os grandes produtores responsáveis pelas mortes de abelhas. Segundo o criador, tem pequenos agricultores que compram o veneno e passam em pomares, quintais, nas margens das estradas, e em outros locais em que o uso de veneno deveria ser vedado e acabam provocando a morte destes insetos.
Mas este ano, já perdemos 7 caixas. Já teve ano que perdemos 40. E todos os anos temos que repor. O veneno também enfraquece os enxames de abelhas
“Fipronil, Tordon, Rejente, Tucson, Pó da China e Padron, todos matam abelhas, usados nos plantios de algodão e soja. E o que mais mata é o Fipronil. Além da produção de mel, outras atividades como a lavoura do Café e do Guaraná que dependem da polinização das abelhas, são crucialmente afetadas. Até mesmo a soja é afetada quando é feita a dedetização sobre a florada da planta”, explica.
Agnaldo enfatiza que os produtores que cultivam soja e milho na região está se conscientizando que o uso incorreto de agrotóxico e a morte de abelhas, resultam em consequências também para eles. “Às vezes faltam conhecimento na hora de aplicar os inseticidas e uma comunicação entre o produtor e seu engenheiro agrônomo. a morte das abelhas acaba afetando ele também", enfatiza.














Agnaldo Alves da Silva 02/08/2023
PARABÉNS jornalista jose Vieira pela materia.produtores rurais e o meio ambiente tem muito prejuízo com as faltas das abelhas. A agricultura e um campo de produção de alimento e nao um campo de contaminação e possível produzir em harmonia com a natureza Isso e possível quando produtores se comunicam e começa a mudar a forma de se praticar agricultura. No campo e na cidade isso ja esta acontecendo. Muitos produtores estão conciente da responsabilidade ambiental e na sustentabilidade do negócios. A sucessão do campo nao pode pegar um meio ambiente contaminado e erodido.e nesse meio de campo que essas matérias entra como um papel importante a disseminação do conhecimento.
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