José Vieira
Mato Grosso do Norte
O que era um sonho para os moradores do bairro Jardim Primavera, em Alta Floresta, se transformou em constante preocupação e uma estatística funesta. Desde que foi asfaltada a Avenida Brasil, que tem seu marco inicial na entrada do bairro, na rodovia MT-208, margeando-o verticalmente por toda sua extensão, os moradores já perderam as contas de quantas pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito. Sem contar as que ficaram feridas, mas não foram à óbito.
Os acidentes acontecem com frequência, geralmente com registro de óbito, o que levou os moradores a se referir a via pública, como “Avenida da Morte!”. E os números realmente assustam à população, mas até agora não sensibilizou o poder público a adotar medidas de prevenção.
A avenida foi asfaltada no segundo mandato do ex-prefeito Asiel Bezerra.
A comerciante Vanusa Noberta, que mora no Jardim Primavera desde os 14 anos, perdeu seu pai em um acidente há 3 anos, quando ele andava de bicicleta e foi atropelado por um carro.
foto/ Mato Grosso do Norte
Para Vanusa, providências devem ser urgentes
Sem muito esforço ela contabiliza 9 casos de acidentes com vítimas fatais que aconteceram na Avenida Brasil.
“Andam em alta velocidade, não tem sinalização, não tem quebra molas e os acidentes são constantes. É urgente que a Prefeitura verifique o que pode ser feito e mudado para a segurança da população. Já perdemos as contas dos acidentes que aconteceram e de pessoas que perderam a vida nesta avenida. Só que me lembro agora são 9 pessoas”, relata.
Para Vanusa, a avenida é muito estreita. E pela importância e densidade populacional do setor, que já agrega vários bairros e há novos loteamento sendo implantados, deveria ser duplicada e receber toda a infraestrutura de sinalização.
Já perdemos as contas dos acidentes que aconteceram e de pessoas que perderam a vida nesta avenida. Só que me lembro agora são 9 pessoas
“Apesar de ser um bairro afastado do centro da cidade, o trânsito é intenso na avenida e tem aumentando a cada ano. Loteamentos como o Greenville e Ipiranga, foram implantados e bairros novos surgiram, fazendo crescer o fluxo de carros e motos passando pela Avenida Brasil”, observa.
“São vários bairros aqui em volta do Jardim Primavera e o movimento é grande. Tem que melhorar a sinalização e fazer o que precisa ser feito para a segurança da população e salvar vidas. Temos a escola aqui e já aconteceu acidentes bem na frente. É preciso pensar na segurança das crianças. E muito urgente que essas providências sejam tomadas”, aponta Vanusa.
Porém, ela não isenta a falta de consciência e responsabilidade das pessoas que trafegam pela avenida em alta velocidade, expondo em risco a si próprio e os outros, que também é uma das causas dos acidentes.
A moradora Helena Maria de Oliveira, conhecida como Helena do Dil, que é presidente do bairro, afirma que irá fazer um oficio e protocolar na Câmara Municipal, cobrando, em nome da população, a implantação de lombadas eletrônica na avenida Brasil.
Segundo ela, apesar de ser afastada do centro da cidade, a avenida que corta seu bairro detém uma estatística ‘assombrosa’ em quantidade de acidentes e números de vítimas fatais.
“Se quebra mola é proibido, a prefeitura tem que colocar lombadas eletrônicas. E de imediato colocar passarela com redutores de velocidade, como a que tem em frente as escolas, em outros pontos da avenida. O que não pode é deixar as pessoas morrendo ou se ferindo gravemente em acidentes e não tomar nenhuma providência”, assevera Helena.
Ela também observa que está em processo de implantação, mais um bairro contiguo ao Jardim Primavera e a previsão é que, sequencialmente, a população vá aumentando ainda. O que influenciará na ampliação de perigo na avenida devido ao crescimento de fluxo de veículos.
Mato Grosso do Norte
Helena do Dil e moradores cobram providências da prefeitura de Alta Floresta
Maria Lúcia ribeiro 05/04/2024
Sou moradora do Jardim Primavera, e o descaso com a avenida da morte já passou dos limites.
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