Comerciantes acumulam prejuízos com constantes quedas de energia elétrica

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Quedas de energia elétrica são constantes em AF

Dionéia Martins/ Mato Grosso do Norte

Com a chegada das primeiras chuvas em Alta Floresta, empresários e moradores voltam a enfrentar um velho problema: as constantes quedas e oscilações no fornecimento de energia elétrica. A situação tem gerado prejuízos expressivos para comerciantes locais, que relatam dificuldades em manter seus negócios funcionando.
O empresário Abdo Assaf, que investiu recentemente em um prédio moderno com elevador e equipamentos eletrônicos, afirma que as falhas no fornecimento já causaram perdas também aos moradores. “Só nas últimas duas chuvas, moradores relataram queimas de equipamentos e eletrodomésticos. É impossível trabalhar com tanta instabilidade”, relata.
Situação semelhante enfrenta o empresário André Siebert Utsunomiya, proprietário da churrascaria Cambalacho, que também registrou danos em aparelhos trifásicos. Segundo ele, a instabilidade elétrica tem sido constante.
“Mal começa a chover, um vento pequeno, e a energia cai ou oscila. Nós precisamos do equipamento funcionando no dia seguinte, mas não conseguimos sequer acionar a Energisa a tempo”.
Para tentar reduzir os impactos, André instalou uma usina de energia solar em seu estabelecimento, mas o investimento não tem sido suficiente para eliminar as perdas. “Estamos fazendo a nossa parte, investindo em geração própria, mas a distribuição está muito aquém do que se espera de uma concessionária”, desabafa.
O problema, de acordo com os comerciantes, não se restringe a um setor específico da cidade. Relatos apontam quedas de energia em diferentes bairros, do centro às áreas mais afastadas.
Além do prejuízo econômico, empresários denunciam a dificuldade em buscar reparação. Processos contra a Energisa, via Procon ou na Justiça, são demorados e custosos, o que desanima a maioria. “O pequeno comerciante que perde um ar-condicionado ou uma geladeira acaba parcelando outro em 12 vezes, porque não sabe nem por onde começar uma ação”, critica Abud.
Diante do cenário, comerciantes estudam unir forças para formalizar um Requerimento coletivo contra a concessionária, na esperança de sensibilizar autoridades e acelerar investimentos na rede elétrica de Alta Floresta.