Quarta-feira, 30 de Abril de 2025

Atualidades Sábado, 30 de Março de 2024, 10:44 - A | A

30 de Março de 2024, 10h:44 - A | A

Atualidades / Páscoa

Padre explica abstenção de carne e incentiva recolhimento na Semana Santa

O padre também recomenda a participação nas missas do calendário católico e comungar nas datas



Mariana da Silva - Especial para o GD

Em tempo de quaresma, a Sexta-Feira Santa é marcada pelo jejum, penitência e recolhimento. A data remete ao dia em que Jesus Cristo foi morto crucificado, dois dias antes de ressuscitar no domingo de Páscoa. Para os católicos, durante este dia a recomendação é de se abster da alimentação de carne vermelha, no entanto, nem todos entendem o motivo para se evitar o alimento.  

De acordo com o pároco da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus, padre Deusdédit Monge Almeida, a tradição tem sua explicação fundamentada nos preceitos bíblicos.  

“A carne é um alimento substancial e essencial na mesa, para a fonte de proteína animal. Então, a carne sendo um alimento de cada dia, renunciamos a ela para fazer aquela moderação, a disciplina interior, em função do nosso excesso de busca de prazer da carne, a satisfação dos nossos sentidos”, afirma.

Segundo o religioso, não basta somente deixar de consumir o alimento. É preciso fazer obras de caridade para que o jejum seja pleno. 

“Essa carne que deixamos de comer, é importante tirar o valor dela e entregar para alguém que precisa. Nosso jejum não é completo enquanto não olhar para os irmãos. Ele tem uma função social de solidariedade. Todo jejum deve ser regado pelas obras de misericórdia. É dar alimento aos pobres, é vestir os nus, é libertar os cativos. Obras de bondade, de misericórdia”, complementa.  

A prática consumir peixe durante o período também tem sua base nas escrituras sagradas do cristianismo. Conforme o padre, o peixe foi o alimento que Jesus Cristo utilizou em seus milagres de multiplicação para alimentar os seguidores e está associado ao alimento eucarístico.

A prática consumir peixe durante o período também tem sua base nas escrituras sagradas do cristianismo

  “O peixe é um alimento bíblico, um alimento saudável que nos favorece e nos aproxima de Deus, mas tem que ter essa referência com Jesus. A gente tem que lembrar também com o peixe de não exagerar ao comer, o espírito é sempre moderação. Quem puder pode passar com pão e água na sexta-feira. É um alimento sóbrio. A sobriedade é tudo isso”, salienta.

  Conforme Deusdédit, o jejum é recomendado para quem possui de 14 anos a 75 anos, mas além das restrições alimentares, pode ser substituído por ações de caridade, como visitar pessoas enfermas nos hospitais e ajudar os mais necessitados.  

O padre também recomenda a participação nas missas do calendário católico e comungar nas datas, fazer a confissão e participar da celebração das 15 horas na Sexta-Feira Santa. Para as outras crenças é também um momento de oração, de se encontrar com Deus, com a família.    

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