Carlos Martins
Assessoria SES/MT
O fortalecimento dos hospitais regionais e a ampliação da regionalização da saúde faz parte do plano de gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com este objetivo, está em andamento o processo de retomada de gestão de quatro unidades regionais (Sorriso, Alta Floresta, Colíder e o Metropolitano de Várzea Grande) e a ação de trabalho passa pela definição das características, da vocação de cada um dos hospitais, e também de serviços para melhorar ainda mais o atendimento.
As ações anunciadas referentes à regionalização atenderam a um questionamento do deputado estadual Wagner Ramos. Após a exposição de dados concernentes aos números da SES, ele chamou a atenção que, enquanto no eixo da BR-163 existem hospitais regionais instalados em Sorriso, Sinop, Colíder e Alta Floresta, em distâncias não superiores a 100 quilômetros entre eles, em Tangará da Serra o setor da saúde apresenta dificuldades, já que conta com um hospital municipal com poucos leitos, o que obriga o transporte de pacientes para Cuiabá e Várzea Grande.
“Conforme os dados apresentados, 89% das pessoas atendidas pelo Hospital Regional de Sinop são da cidade e 11% são de municípios da região, como Cláudia, Santa Carmem, Feliz Natal e até mesmo Sorriso, as mesmas cidades que são atendidas pelos hospitais de Colíder, Alta Floresta e Sorriso”, exemplificou o deputado.
Ele justificou que além de Tangará, que possui 106 mil habitantes, se estivesse instalado na cidade um hospital regional, moradores de pelo menos mais 15 municípios da região seriam beneficiados, incluindo Rondolândia, que fica na parte extrema do estado, na divisa com Rondônia.
O assessor da SES explicou que em 2012, quando foram constituídos os hospitais regionais de Sinop e Alta Floresta, não foi levado em consideração um plano de desenvolvimento regional elaborado em 2005 pela Secretaria de Estado de Saúde. “A SES havia construído um plano que contemplava as diferentes regiões, mas isso não foi levado em conta naquela oportunidade. Nós entendemos que, do ponto de vista das macro e micro regiões, temos um buraco na assistência”, disse Simplício.
Dados - O regional de Sinop, pacientes da cidade correspondem a 89% dos atendimentos e 11% são de municípios próximos. Em Sorriso, 63% dos atendidos são da cidade e, em Cáceres, 50% do atendimento são para moradores da cidade. Já no Metropolitano de Várzea Grande, 31% dos pacientes atendidos são da cidade, 21% de Cuiabá e 48% provenientes do interior do Estado. Em Alta Floresta, 68% dos atendidos no regional são da cidade e, em Colíder, 56% são moradores do município.