Jornal Mato Grosso do Norte
Reportagem
Mato Grosso do Norte
O presidente da Câmara Municipal de Paranaíta, vereador Manoel de Moura Nunes, o Netinho (PDT), está cobrando da administração municipal, providências urgentes para solucionar o grave problema do lixão à céu aberto do município. Conforme ele, a situação se transformou em questão de saúde pública.
Segundo o vereador, lixo de todas as espécies são depositados no local, causando grandes danos ao meio ambiente. O lixão de Paranaíta fica a cerca de três quilômetros da cidade. No local é despejado o que é recolhido pela prefeitura na coleta feita na cidade. E, como não há nenhum controle por parte da prefeitura, moradores também jogam lixo na área.
“O lixo está espalhado no solo na beira da estrada. Há até mesmo frascos de remédios e embalagens de veneno espalhados no chão. Com as chuvas, resíduos destes produtos escorrem para dentro dos córregos, poluindo e causando danos ambientais, contaminando o lençol freático. Sem falar no mal cheiro e na grande quantidade de moscas”, descreve o vereador.
O presidente da Câmara alerta o prefeito Municipal, Tony Rufatto, que as prefeituras vão ter que encontrar solução para os lixões e passar a fazer a destinação correta do lixo, através da construção de aterros sanitários, construídos de acordo com as normas ambientais.
“O prazo para que isto fosse feito já expirou. A prefeitura poderá, a qualquer momento, ter que assinar um Tac - Termo de ajustamento de Conduta - lhe obrigando a resolver o problema”, disse.
Segundo o vereador, o prefeito deve explicar para a população de Paranaíta, porque o aterro sanitário, que estava previsto como obra compensatória do PBA - Plano Básico Ambiental- da usina hidrelétrica Teles Pires, não foi executado.
Por outro lado, afirma que a prefeitura tem recursos próprios para construir o aterro sanitário. E diz que já foi comprado um terreno destinado a esta construção.
“Este problema do lixão tem que ser visto como prioridade. O dinheiro dos royalties não podem ser gasto com a folha de pagamento. Tem que ser usado em investimentos. O prefeito não pode ficar empurrando o problema com a barriga com dinheiro no caixa para executar a obra. A prefeitura tem o recurso, tem o terreno e tem maquinários para construir o aterro”, assevera Netinho.
De acordo com o vereador, medidas paliativa de mexer no lixo com maquinários, não vão resolver o problema enfrentado pelo município. Todavia, na sua opinião, enquanto o aterro sanitário não seja construído, a prefeitura terá que limpar a margens da estrada nas proximidades do lixão, cercá-lo e fazer um portão para controlar o acesso ao local.
“O prefeito tem que tomar uma atitude. A questão é emblemática, mas tem que ser encarada, pois é esta a obrigação do poder público. Paranaíta está sujeito a sofrer graves consequências se este problema não ser resolvido urgentemente. O povo de Paranaíta está me cobrando e, em nome da população, encaminho esta cobrança ao senhor prefeito do município”, acentua o vereador.