Sexta-feira, 21 de Novembro de 2025

Caderno B Sexta-feira, 21 de Novembro de 2025, 15:39 - A | A

21 de Novembro de 2025, 15h:39 - A | A

Caderno B / CINCO PERGUNTAS

Mesa de afeto

André Marques comanda a cozinha do “Angélica ao Vivo”



Márcio Maio/TV Press

                 De volta ao estúdio e ao convívio com o público, André Marques vive um momento de prazer redobrado em “Angélica ao Vivo”, programa exibido às quintas no GNT. Ao lado de Angélica e Aline Wirley, ele apresenta a cozinha da atração, responsável por aquecer o papo e o estômago dos convidados.

É a primeira vez que cozinho em um programa para a galera comer. Eu estou amarradão porque tem aquela coisa de ser ao vivo, de lidar com o orgânico, com o que é de verdade”, resume o apresentador, que também atua como DJ, ator e empresário e venceu o “Super Chef Celebridades”, talento show culinário promovido pelo matinal “Mais Você”, em 2014.                

A cozinha está longe de ser cenográfica no “Angélica ao Vivo”: os pratos realmente acontecem enquanto as conversas fluem. O formato aposta na espontaneidade e na cumplicidade entre os anfitriões. E o retorno à televisão veio com sabor de reencontro. Após um período sabático, André voltou ao ar com o mesmo espírito leve de suas redes sociais, mas na dimensão do ao vivo.

Quando cheguei, no meu camarim, tinha: ‘André Marques, bem-vindo de volta’. Ver que sentiam saudade de mim como eu sentia deles já foi muito! Poder estar de volta com pessoas que eu amo, como a Angélica e a Danizinha, me deixou muito feliz”, conta ele, referindo-se à diretora Daniela Gleiser.

  De volta ao estúdio e ao convívio com o público, André Marques vive um momento de prazer redobrado em Angélica ao Vivo

P – “Angélica ao Vivo” traz três figuras conhecidas do público e com trajetórias marcantes em seu comando. Como tem sido essa troca?

R – Falar da Angélica é suspeito, porque a gente se conhece há quase 30 anos. Trabalhamos juntos, nos divertimos muito. Desde o começo, quando fazíamos o “Vídeo Show”, com as nossas paródias e clipes, o mais legal era o fato de que ela era a Angélica, mas eu falava para todo mundo como é muito igual a gente. E ela é assim, tão humana, a colega mais generosa que eu já tive. Tudo é muito natural, a gente tem liberdade, a gente é amigo.

P – Como você soube do programa?

R – Eu estava em casa e a Angélica me ligou. Começou a falar do programa e eu disse: “loura, é contigo?” e ela falou que eu ia cozinhar. Está bom”, eu nem quis saber de salário, de quando era, só falei que estava dentro. Eu disse em algumas entrevistas que só voltaria a trabalhar na televisão com três coisas: algo que envolvesse gastronomia, cachorros ou viagem. Mas também se fosse com amigos, mesmo que não envolvesse nenhum dos três, acho que seria difícil dizer não. Foi com a loura, com comida, que eu gosto, e com bate-papo, então fiquei muito feliz. Agora, estou me conectando também com Aline, a gente se deu bem.

P – Você já tinha decidido tudo o que cozinharia? Como é definido o menu?

R – Em função do horário, é jantar. Quando eu entendi o que queriam, vi que é mais ou menos o que acontece na minha casa, com aquela comida afetiva. Já cozinhei para vários amigos. Cozinhar é a minha maior manifestação de amor. É você colocar a mão no alimento, trocar sua energia e ter aquele prazer de servir. Sozinho, eu como uma tapioca à noite e é ótimo. O meu lance é agradar os outros. Como temos convidados, um pode ser vegetariano, outro ter alergia a pimenta e a lactose ou não gostar de camarão... A gente vai em função do que os convidados gostam.

P – Você tem uma carreira longa e de muita reinvenção. Esses recomeços causam que tipo de sentimentos em você?

R – Eu adoraria voltar aos meus 20 anos, mas com tudo que eu vivi até meus 46. Como sei que não dá, então, não queria voltar. Poder escolher fazer algo que eu gosto, para mim, não tem preço. Quando saí da Globo, em 2022, fiquei em período sabático, viajei para caramba. No último ano, recebi uma pancada de emoções. Perdi a cachorra que eu mais amava na vida e, depois de quatro meses, perdi outra e, depois, perdi meu pai...

Quanta porrada! Sou fortão, mas choro bastante. Com isso, aprendi a valorizar muito mais as coisas que eu gosto. Já tinha meio que decidido mesmo, juntei um pezinho de meia para ficar cozinhando na minha casa, com meus cachorros e recebendo meus amigos. Quando veio o convite da Angélica, pesou mesmo ser com pessoas especiais. Fui gravar o piloto e sabia o nome de todos os câmeras, da equipe de limpeza... Os poucos que eu não conhecia eram os que chegaram depois da minha saída. Comecei com 15 anos e tenho 46 hoje, foram quase 30 anos na tevê! O que me dá motivação hoje é minha maturidade e minha paixão pelo ambiente da galera, da zoação, da brincadeira.

P – Você sempre foi multimídia: trabalha como DJ, apresentador, ator e ainda manda bem na cozinha. Mas onde se sente mais à vontade? R – Cara, eu recebo uns elogios assim que me deixam feliz. Mas eu sou dedicado em quase tudo que eu faço. Gosto de fazer cerâmica, pinto, sou pai dos meus cachorros como eu acho que seria um pai incrível se fosse de seres humanos. Mas acho que é porque não tem tempo ruim para mim, topo qualquer parada! Não nego trabalho, sou um profissional dedicado no que eu faço.   “Angélica ao Vivo” – GNT – Quinta-feira, às 22h30.

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