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Nacional Terça-feira, 07 de Junho de 2016, 00:00 - A | A

07 de Junho de 2016, 00h:00 - A | A

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Romero Jucá critica 'vazamento seletivo' e diz que 'nada teme'



O senador afirmou que não teme nada e que apoia qualquer tipo de investigação. Jucá ressaltou ainda que lamenta "este tipo de vazamento seletivo" que, segundo ele, "expõe as pessoas sem nenhum tipo de contraditório"(leia a íntegra ao final da reportagem).

Além do senador, o procurador pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL), do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).

Os pedidos se baseiam na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Gravações feitas por ele trazem indícios de que Sarney, Renan e Jucá queriam limitar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Os pedidos de prisão estão, há pelo menos uma semana, sobre a mesa do ministro do Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.

O ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) também reagiu e disse que está "perplexo, indignado e revoltado" com o pedido de prisão. "Jamais agi para obstruir a Justiça. Sempre a prestigiei e fortaleci", afirmou Sarney. Ele julgou que, após ter dedicado 60 anos à vida pública, "tivesse o respeito de autoridades do porte do procurador-geral da República".

Discurso
No plenário do Senado, Jucá afirmou nesta terça que vai aguardar “com tranquilidade” a decisão do STF.

"Infelizmente, esses fatos nos levam a ser vítimas de um processo que até agora não posso responder, porque até hoje não consegui acesso nem às gravações nem às delações de Sérgio Machado. Vou aguardar com a tranquilidade de quem fala a verdade, de quem confia na Justiça", discursou.

"Espero que essa situação absurda possa ser resolvida a curto prazo. Só posso me posicionar na medida que conhecer qual é a situação. Infelizmente, isso ainda não é possível, apesar dos pedidos do meu advogado”, complementou.

Suspeitas
Em uma das gravações, Romero Jucá sugeriu que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Lava Jato. Jucá foi um dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Após a divulgação das conversas, Jucá foi obrigado a pedir exoneração do cargo de ministro do Planejamento. Ele é investigado na Lava Jato e em outro processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas ações dos três caciques do PMDB estão, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a tentativa de mudar a decisão do Supremo que prevê a prisão de condenados a partir da segunda instância; a tentativa de mudar a lei para permitir delação premiada apenas para pessoas em liberdade, e não para presos investigados; e também uma pressão dos três para que acordos de leniência das empresas pudessem esvaziar todas as investigações.

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