Além de ser o maior partido de Mato Grosso, o Partido Social Democrático (PSD), passa a ter também a maior bancada da Assembleia Legislativa, com cinco deputados, desbancando o PR, que tinha o mesmo número de parlamentares e acabou perdendo três (60% da bancada), sendo dois: Ondanir Bortolini, o “Nininho” e Wagner Ramos, para o próprio PSD, cujas filiações estão marcadas para amanhã, quinta-feira (10), e também Mauro Savi, que vai se filiar ao PSB do prefeito Mauro Mendes.
O partido tem hoje 42 prefeitos, 19 vice-prefeitos e 279 vereadores e, para as eleições municipais de outubro próximo, já conta com cerca de 90 pré-candidatos em todo o Estado.
De acordo com o presidente regional da sigla, o vice-governador do Estado, Carlos Fávaro, o PSD que recebeu o apoio do Partido Progressista (PP) e do Partido Social Cristão (PSC), não vai ficar a reboque dos outros nas discussões sobre as eleições na Capital do Estado, onde o atual prefeito, Mauro Mendes (PSB) deverá ser candidato à reeleição.
“Nós vamos participar diretamente do processo eleitoral de Cuiabá. A orientação é para que ajudemos a fortalecer o PSDB do governador Pedro Taques, por isso estamos criando uma base forte, que já conta com o PSC e o PP e ainda esperamos fechar com outras siglas”, disse.
Criado há cerca de três anos para ser um “escape” que garantiria a candidatura do atual ministro das Cidades, Gilberto Kassab, em Mato Grosso o PSD deu os primeiros passos sob comando do ex-deputado José Riva, que se encontra preso hoje, acusado de ter cometido diversos crimes.
Quando Riva fechou com Kassab e anunciou a criação do PSD em Mato Grosso, houve uma debandada de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, suplentes, lideranças políticas e simpatizantes de todos os partidos e que se alinhavam à política municipalista que o ex-presidente da Assembleia desenvolvia e que lhe rendia dividendos políticos consideráveis.
Com a prisão de Riva, o partido ficou a deriva, nem mesmo sua filha, Janaína Riva quis assumir o comando da agremiação e anunciou sua ida para o PMDB tão logo fosse aberta a janela de transferência aprovada pelo Congresso Nacional, e a bomba acabou estourando nas mãos do atual presidente da Associação Mato-grosssense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, que pouco ou nada fez pelo partido.
Essa apatia foi o bastante para que o vice-governador, que buscava ressuscitar o PL (Partido Liberal) em Mato Grosso para fortalecer a base política do governador Pedro Taques (PSDB), entrasse em entendimento com Kassab, para assumir o comando do PSD. Selado o acordo, a sigla criada por um inimigo político e pessoal do governador Pedro Taques, deixou de ser uma preocupação e agora é um dos principais aliados dos tucanos no Estado.