Reportagem
Alexandre de Moraes, ministrodo Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar ,Alessandra Faria Rondon e Joelton Gusmão de Oliveira, casal de Mato Grosso que participou da tentativa de golpe no dia 8 de ajneiro de 2023, a 17 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio e associação criminosa armada. Moraes ainda fixou indenização de R$ 30 milhões pelos danos morais coletivos.
Alessandra e Joelton foram presos em flagrante no âmbito dos atos golpistas do 8 de Janeiro, que depredaram as sedes dos Três Poderes e o Congresso Nacional, em Brasília. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República no inquérito 4922, instaurado para investigar os executores materiais dos crimes. As denúncias abrangem os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e dano qualificado. As denúncias também foram aceitas em relação ao crime de deterioração de patrimônio tombado.
Moraes constatou em seu voto que, via laudos elaborados pela Polícia Federal, juntamente com os dados extraídos dos aparelhos telefônicos apreendidos, comprovou-se o acesso ilícito dos dois à Praça dos Poderes e no Congresso. Alessandra chegou a repercutir na imprensa nacional após gravar um vídeo em que aparece sentada na cadeira do senador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, onde também tirou sarro de outros dois senadores mato-grossenses.
"Hoje é dia 8 de janeiro. Estou sentada na cadeira do traidor da pátria de Mato Grosso. O outro, Jayme Campos, traidor da pátria. Wellington Fagundes. E eu quero dizer, como mato-grossense, meu nome é Alessandra Faria Rondon. Eu só saio daqui a hora que os traidores da pátria tiverem presos, tá? Carlos Fávaro, Wellington Fagundes e Jayme Campos. Queremos intervenção militar! Intervenção militar já, tá?", disse Alessandra.
O ministro também votou no sentido de condenar ambos a 17 anos de prisão pelos crimes referidos, em regime fechado, além de aplicar indenização de R$ 30 milhões pelos danos morais coletivos que causaram.