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Política Sexta-feira, 16 de Setembro de 2016, 00:00 - A | A

16 de Setembro de 2016, 00h:00 - A | A

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ELEI

Jornal Mato Grosso do Norte



Reportagem
Mato Grosso do Norte

Maria Izaura, candidata a prefeita de Alta Floresta pela coligação Novo Recomeço, já passou dos 70 anos, mas continua com uma disposição de dar inveja a muita gente de 30. Esta é a quarta eleição que ela disputa desde quando se elegeu prefeita pela primeira vez em 2004. Foi reeleita em 2008 e candidata a deputada estadual em 2014, ficando como suplente. Agora, tenta retornar a prefeitura municipal.
Dando sequência a rodada de entrevista com os candidatos a prefeito de Alta Floresta, ela concedeu a entrevista a seguir à Mato Grosso do Norte
Por que a senhora decidiu ser novamente candidata a prefeita?
R: Percebi que ainda posso fazer mais por Alta Floresta e, agora, com a minha experiência de oito anos, eu posso contribuir com mais eficiência ainda. Percebi também que há certo vazio político, ou seja, de novas lideranças políticas em Alta Floresta. 
A senhora foi prefeita oito anos. Em sua avaliação, em quais setores do município registrou avanços?
R: Sem falsa modéstia, em todos os setores. Saúde, Educação, Agricultura, Esporte e Lazer, dentre outros. Não fizemos tudo, mas todos melhoraram. 
A senhora cometeu erros em sua administração?
R: Com certeza. Não sou perfeita. Mas, o que considero importante é que aprendemos com eles, procuramos corrigi-los e  não cometê-los novamente. Isso vale para tudo em nossas vidas. 
O que a senhora não fez que fará num eventual novo mandato?
R: Fizemos o que foi possível e, neste sentido, tenho a consciência tranquila. Num eventual novo mandato, continuaremos com esse propósito, analisando as novas demandas que  surgiram nos últimos anos e até mesmo retomando algumas ações e obras que ficaram paradas no tempo e que consideramos importantes que sejam continuadas ou terminadas. 
Poderia citar uma grande obra feita em sua administração?
R: Primeiro, precisamos considerar que, além das obras físicas e estruturais existem as obras  morais, éticas etc, sendo que todas elas são importantes e, como gestores públicos, devemos trabalhar com determinação para construi-las da melhor maneira possível. No  segundo caso acima mencionado, nosso governo conseguiu uma grande obra ética, moral e de resgate da credibilidade da Prefeitura Municipal com relação aos seus fornecedores, além de colocar em dia os salários da grande maioria do funcionalismo público que se encontrava com meses de atraso. Quanto às obras físicas, não vou dizer que fizemos grandes obras, mas, dentre elas, podemos citar algumas: adquirimos o prédio próprio da Prefeitura Municipal, com um terreno de 13 mil metros quadrados, sendo que até a nossa época tudo funcionava em locais alugados; construímos a E.M. Paulo Pires; a Casa de Leito de Retaguarda, ao lado do Hospital Regional; adquirimos, do Rotary Club, a área onde funciona uma das unidades do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social (local onde funcionava a antiga Guarda Mirim, no setor B); a área para abrigar a Secretaria de Trânsito, Segurança e Transporte; adquirimos também dois (2) imóveis para funcionamento dos PSFs São José Operário e Setor Norte 3, na Cidade Alta; conseguimos seis (6) hectares para a construção do IFMT; iniciamos a construção da Creche do Panorama; destinamos área para a construção da UPA, sem contar as conquistas com relação ao maquinário para infraestrutura, lembrando que, em nossos períodos de gestão pública, raramente tivemos que alugar máquinas. Em seus dois mandatos de prefeita, a senhora e seus respectivos vice-prefeitos acabaram se desentendendo. Caso se eleja, como será sua relação com seu candidato a vice-prefeito, Chico Gamba?
R: Os desentendimentos que aconteceram foi mais de ordem política e não administrativa e eu espero que agora, tendo o Chico Gamba como vice, que eu conheço bem e que é uma pessoa bastante equilibrada e com muita vontade de contribuir com nossa administração, não vai ser influenciado por interesses diferentes dos que ele pretende para a população.
Qual a sua principal proposta de governo?
R: Construímos uma proposta piloto de governo com eixos que contemplam todas as áreas de uma Administração Pública Municipal e que, a partir de então, estão sendo elaboradas suas diretrizes de ações necessárias para sua execução, mesmo porque estamos ouvindo a população e segmentos da sociedade para que essa proposta atenda os anseios de toda a sociedade, porém, observamos que também é urgente que sejam fortalecidos os setores produtivos e, pra isso, estamos propondo a implantação de um plano de reestruturação econômica para Alta Floresta denominado  PRODUZA, o qual vai tratar de todas as questões neste sentido.
A senhora acha que ainda tem famílias que passam fome em Alta Floresta?
R: Em todos os lugares têm e aqui não seria diferente, mas temos que trabalhar para amenizar este sério problema social.
Qual a sua proposta para a inclusão social dos mais pobres?
R: Vamos fortalecer todos os setores do Poder Público  de acordo com a legislação que determina suas funções, para que tenham mais compromissos com essa classe social menos favorecida, promovendo uma maior interação, principalmente, entre as áreas da Saúde, da Educação, da Assistência Social, do Esporte e Lazer, dentre outras, com o objetivo de avançarmos no processo de inclusão social. 
A senhora tem medo de perder a eleição?
R: Não, eu não tenho medo, porque se eu não for eleita eu não estarei perdendo nada, mas Alta Floresta, penso que sim.
A senhora acha que o Asiel Bezerra foi um mau prefeito?
R: Não sei. A população é quem vai dizer, já que ele é candidato à reeleição.
Que nota a senhora dá para seus dois mandatos?
R: Isso também é a população que tem que responder, pois eu não posso fazer uma avaliação de mim mesma, na condição de gestora pública, ou seja, quem tem o poder e o direito de me avaliar é a população.
Por que a senhora diz que vai recomeçar a política de Alta Floresta?
R: Porque a política tem que ser ética, responsável, e voltada para todos e não da maneira como a gente tem acompanhado. Ao meu ver, para mudar isso, o jeito é recomeçar.Se a senhora se eleger, seus secretários serão os mesmos de seus mandatos anteriores, ou pretende dar uma cara nova na administração?
R: No nosso primeiro mandato os nossos secretários foram, na maioria, empresários que queriam mudar a política de Alta Floresta, a administração municipal e que deixaram seus afazeres para me ajudar na prefeitura. Mas agora, muitos deles estão nas suas atividades novamente e dificilmente voltarão. Mas é bom que fique bem claro que o secretariado será montado com pessoas que tenham um perfil identificado com a ética, a responsabilidade e seriedade em seus afazeres, comprometidos com a administração para servir bem a população, pois, como já tenho dito, entendo a política também como uma missão. 

 

 

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