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Política Quarta-feira, 19 de Junho de 2019, 00:00 - A | A

19 de Junho de 2019, 00h:00 - A | A

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Greve na Educação de MT segue sem previsão de encerramento



Reportagem
Mato Grosso do Norte

A queda de braço entre o governo estadual e a direção do Sintep continua e a greve na Educação não tem previsão de quando será encerrada. Apesar de o governo não ceder as pautas apresentadas pela categoria, afirmando que o governo não dispõe de recursos, os dirigentes sindicais estão dispostos a continuar com a greve por tempo indeterminado.
Na próxima segunda-feira, dia 24, o Sindicato dos servidores da Educação, irá se reunir mais uma vez em assembleia geral para decidir sobre o destino da greve, que já dura mais de 20 dias. O diretor do Sintep, Henrique Lopes, desmente a afirmação do governador Mauro Mendes (DEM), que mais de 50% dos profissionais da Educação que aderiram à greve já voltaram às salas de aula. 
Segundo o governo, nos últimos sete dias, boa parte das escolas estaduais de Mato Grosso que haviam aderido ao movimento grevista do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) desistiram totalmente ou em parte e retornaram às atividades.
Na segunda-feira, 17, levantamento da Seduc apontou que o número de escolas paradas diminuiu consideravelmente, passando das 406 para 356 (46,41%). Por outro lado, as escolas que continuaram a funcionar normalmente passaram de 326 para 346 (45,11%). Também aumentou o número de unidades escolares funcionando parcialmente, de 35 para 65 (8,47%).
Porém, Lopes rebates as informações. Segundo ele, o governo usa esta estratégia para o movimento perder força. 
“Tem muita gente em greve ainda. No Estado, a greve, se não ultrapassa, está próxima de 70% do quadro de pessoal. Nos grandes polos como Rondonópolis, Alta Floresta e Primavera do Leste, enfim, nesses municípios maiores, está tudo praticamente parado”, garantiu Lopes.

O sindicalista admite, porém, algumas baixas na adesão, mas segundo ele não chegam a abalar o propósito grevista. “Não vou negar que tem uma escola ou outra que, de vez em quando volta, até porque os métodos utilizados pelo governo do Estado, são os métodos mais truculentos, anti sindicais, e que não encontram amparo na legislação”.

O Estado, baseado em entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o corte de ponto de todos os trabalhadores que aderiram à greve. Eles, inclusive, já tiveram descontados em folha os dias sem trabalhar relativos ao mês passado, cuja folha foi quitada próximo ao dia 10 de junho. Neste mês, por exemplo, quem não trabalhou nenhum desses primeiros 18 dias não vai receber.
Para o líder governista na Assembleia, Dilmar Dal Bosco (DEM), a paralisação provoca prejuízos ao Estado.  Já o Sintep vê prejuízos não apenas aos servidores, que têm tido o ponto cortado, mas também à economia, especialmente nos municípios do interior.

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