Reportagem
Mato Grosso do Norte
O ex-vereador de Peixoto de Azevedo, Nilmar Nunes de Miranda (Paulistinha), está proibido, por medida cautelar, de frequentar o hospital Regional de Peixoto de Azevedo, por um período de seis meses.
A decisão é do juiz da Comarca de Peixoto de Azevedo, Dr. Luiz Antônio Muniz da Rocha, que atendeu ao pedido de medidas protetivas de Sandra Rodrigues Costa Massocato, que trabalha como vigia no hospital regional de Peixoto.
Sandra procurou a Polícia Judiciária Civil para registar um Boletim de Ocorrência contra o ex-vereador no dia 12 de dezembro, dizendo que estava com medo do ex-parlamentar devido aos fatos descritos.
De acordo com a ocorrência, Paulistinha foi ao hospital nos dias 8 e 9 de dezembro, sendo que na primeira data, forçou sua entrada no hospital mesmo sem autorização. Em ambas às vezes, estava acompanhado de pessoas que filmavam sua interlocução com a vigia.
Na confecção do BO, a comunicante relatou que começou a trabalhar no hospital há um mês, na função de vigia do portão principal, sendo orientada que somente ambulância com pacientes, e médicos que fazem atendimento, podem entrar pelo portão principal.
Entretanto, disse que no dia 8 de dezembro, Paulistinha chegou ao hospital por volta das 10hs, acompanhado da imprensa, dizendo que precisava entrar no hospital. Ela explicou para ele que não poderia autorizar sua entrada no hospital.
E neste momento, segundo a comunicante e conforme consta na Ocorrência, Paulistinha chegou a empurrá-la com o corpo para entrar, deixando-a imprensada contra a parede.
Segundo ela, a princípio, o profissional de imprensa que o acompanhava, identificado como Marco Antonio, não entrou junto, mas começou a filmá-la.
A comunicante relatou que pediu para não ser filmada. Porém, segundo Sandra, Paulistinha falava para que ela fosse filmada. “Mostra a cara dela para a população ver como está sendo tratada”, disse.
Continuando, a comunicante disse que ficou incomodada e constrangida com a situação. E que, neste momento, Marco Antônio e um rapaz que estava o ajudando, também entraram no hospital”.
Desta forma, ela disse que ligou para a Polícia Militar, que compareceu ao local e foi para a sala da direção. Sandra afirma que a técnica em enfermagem, Geise, presenciou o que aconteceu.
Comunicante relatou que começou a trabalhar no hospital há um mês, na função de vigia do portão principal, sendo orientada que somente ambulância com pacientes, e médicos
No entanto, no dia 9 de dezembro, Sandra assegura, que Paulistinha retornou ao hospital, junto com outras duas pessoas, que faziam questão de filmá-la. E dirigindo-se a ela, o ex-vereador a ameaçou dizendo: “Seu reinado aqui está com os dias contados”.
Houve discussão entre ambos. E ela disse que respondeu para ele que “seu reinado também estava acabando já que ele não era mais vereador”.
Como o portão estava fechado com cadeado, disse que Paulistinha não insistiu para entrar. A vigia contou que quando viu o ex-vereador se aproximar, já fechou o portão. E que Paulistinha a filmou quando estava trancando o portão.
“Olha só o que a guarda está fazendo, está mantendo o portão com cadeado”, teria dito Paulistinha.
Ela disse que lhe respondeu que o portão estava com cadeado por culpa dele. E declarou que ficou com medo do ex-vereador. Por isso, desejava solicitar medidas protetivas para seus direitos de garantia assegurado por lei. E também manifestou desejo de representar criminalmente contra Paulistinha.
Durante os seis meses de duração das cautelares, Paulistinha, além de não poder ir ao local de trabalho e residência da vítima, não poderá manter qualquer tipo de contato com a mesma, seja por whatsapp, torpedos SMS e redes sociais, além da proibição de se aproximar, obedecendo o limite de 200 metros.
O magistrado também proibiu a vítima de manter qualquer tipo de contato com o acusado, sob pena de perder validade das medidas protetivas.
Ao cabo de 6 meses no final da validade das cautelares, se Sandra tiver interesse em mantê-las, deverá comparecer à Secretaria do Fórum e informar, com pelo menos um mês de antecedência.