José Vieira
Mato Grosso do Norte
O presidente da FCDL-MT (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Mato Grosso], David Pintor, em entrevista exclusiva ao jornal Mato Grosso do Norte, nesta quinta-feira, 22, afirmou que a intervenção na CDL de Alta Floresta está seguindo o rito protocolar pela Junta Governativa.
Segundo ele, com relação aos questionamentos que estão sendo feitos, inclusive que não teve prestação de conta, explica que, quando a Federação faz uma intervenção como aconteceu na Unidade em Alta Floresta, a Junta de interventores tem que seguir normas. Não é apenas fazer a intervenção e promover eleição.
“Como a gente pega uma entidade com uma diretoria antiga, que a Federação tem que assumir responsabilidade e só transfere para outros, sem ter um levantamento de como se encontra esta entidade?”, questiona.
“Estamos verificando prestações de contas, todas as movimentações financeiras da entidade, parte de funcionários trabalhistas, comercial, a reestruturação está sendo construída e não acontece da noite para o dia”, acrescenta David.
Conforme o presidente, quem está participando deste trabalho são pessoas da Federação e não o interventor em si. “O interventor está participando das reuniões de forma virtual, está tomando conta da entidade e não precisa estar em Alta Floresta pessoalmente. Outras pessoas da Federação já estiveram em Alta Floresta buscando informações. Já temos experiência na Federação e sabemos como promover isto. Já fizemos outras intervenções como esta. Não precisamos estar in loco. Precisamos de informações. Estão nos repassando as informações e estamos analisando a documentação”, esclarece.
David afirma que a Federação, após estar com todas as informações levantadas, irá criar um plano de reestruturação da CDL de Alta Floresta e aí então, convocar eleições.
Estamos verificando prestações de contas, todas as movimentações financeiras da entidade, parte de funcionários trabalhistas, comercial, a reestruturação está sendo construída e não acontece da noite para o dia
“Nunca saiu da nossa boca que só iríamos fazer eleição em 2025. Até porque não é nosso papel ficar com uma entidade sob intervenção por muito tempo e nem queremos isso, fazer intervenção e ficar tomando conta de entidades! Nosso papel e dar transparência”, rebate.
Todavia assegura que quando for concluído e finalizado todo o processo, e a Federação tiver todas as informações, transparência e segurança, vai convocar a eleição e qualquer associado apto, poderá participar ou concorrer como candidato a diretor ou presidente na entidade.
“Vamos fazer isto quando tivermos segurança. Não podemos admitir que pessoas que não conhecemos, queiram assumir a entidade sob pressão e em atos que não temos segurança. E isto jamais iremos permitir!”, afirma.
O fato de o interventor não ter estado em Alta Floresta, conforme David, não quer dizer que ele não esteja trabalhando. Disse que o interventor não veio ainda porque teve uma questão familiar e precisou acompanhar, mas estará na cidade nos próximos dias.
Sobre ex-diretores fazendo parte da intervenção, David observa que até agora não sabe de nada que denigre a imagem destas pessoas e nem que trouxeram prejuízo para a entidade. “Ninguém fez denúncia que pudéssemos ter desconfiança destas pessoas para não a termos neste período de intervenção. Se qualquer associado tiver algo, que nos passe por escrito esta denúncia que iremos levantar”, pontua.
Para ele, quando se fala que não está se passando informações para os associados, as pessoas que estão afirmando, “não estão sendo honestas”.
Todos os atos da Federação, segundo David, estão sendo divulgados nas páginas da entidade por meio de mídias sociais, site e por e-mail dos associados.
“Se algum associado não está recebendo esta informação, pode ser por desatualização do e-mail que está cadastrado. Agora, não podemos dar publicidade a documentos oficiais da entidade e nem ir entregando para qualquer um porque estaremos incorrendo em crime perante a lei de proteção de dados. E não funciona desta forma”, assegura.
David afirma que também está sendo verificado se os ex-diretores não faziam prestações de contas. E se houve ou não houve prestações de contas, tudo será esclarecido e ficará em dia para ser entregue à próxima gestão.
“A FCDL tem mais de 40 anos no Estado e não há nenhum problema com relação a desconfiança no que promove. Quem compõem os quadros de diretores da Federação, são presidentes e diretores de CDLs e não aventureiros. E não permitiremos isto! Principalmente pessoas ligadas à partidos políticos e não vamos permitir este tipo de situação dentro de nossas entidades”, assevera o presidente.
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