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Política Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2016, 00:00 - A | A

12 de Dezembro de 2016, 00h:00 - A | A

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PARANAÍTA: Madeira velha usada em obra de reforma e ampliação do Hospital Municipal

Jornal Mato Grosso do Norte



Reportagem
Mato Grosso do Norte

O vereador Elias Benvindo (PMDB) mesmo não tendo se reelegido para um novo mandato (deixará a Câmara Municipal de Paranaíta no próximo dia 31), continua fiscalizando ostensivamente a administração municipal.
Prestes a desocupar o gabinete, o parlamentar demonstra que pretende até no final do mandato, causar ainda muita raiva ao prefeito Tony Rufatto, de quem se tornou desafeto político. O parlamentar, neste final de semana, denunciou que as obras de reforma e ampliação do Hospital Municipal de Paranaíta, que segundo ele caminham a passos de tartaruga, estão sendo construídas com madeiras velhas, retiradas da parte dos fundos do próprio hospital.
“A madeira que está usada na estrutura da obra, está sendo retirada da parte que foi desfeita nos fundos do hospital. São madeiras velhas, que aparentam sinais de envelhecimento e que estão apodrecendo. Se não retirarem esta madeira vou encaminhar a denúncia para o Tribunal de Contas”, assegura Elias.
O vereador enfatiza que a usina Hidrelétrica São Manoel repassou R$ 2 milhões para a reforma e ampliação do Hospital. E mais R$ 2 milhões provenientes de emenda do ex-senador Jayme Campos, também são destinados para a reforma do hospital. “São R$ 4 milhões de reais. O prefeito precisa explicar para a população de Paranaíta o que está fazendo com o dinheiro. Com este volume de recursos será que precisaria usar madeira velha e parar a obra?”, questiona.

Conforme Elias, no lançamento da obra, a promessa do prefeito era que até no mês de julho, o hospital seria entregue para a população. Seria 1.500 metros quadrados de obra construída e outros 700 metros quadrados de reforma. No entanto, passadas as eleições, a obra está paralisada.
“O povo está sofrendo as consequências para o atendimento na área de saúde. O atendimento para crianças, idosos e todos os moradores é feito apenas em uma sala. E agora a obra está parada sem justificativa, já que tem recursos para a sua execução”, pontua o parlamentar.
Crise- O parlamentar disse que após as eleições, a prefeitura de Paranaita tomou várias decisões que fomentaram a crise financeira no município. Segundo ele, quase todas as obras foram paralisadas, funcionários contratados foram exonerados e todas as gratificações, FG- Funções Gratificadas- e horas extras, foram cortadas.
Elias cita a obra do asfalto Jardim Esperança, que foi paralisada, assim como as reformas das casas populares que também estão paradas. “As reformas da casas pararam após a eleição. A empresa que faz a reforma não recebeu da prefeitura e os pedreiros estão sem receber”, disse.
Os guardas do município também estão em situação de dificuldades. De acordo com o parlamentar, há 15 anos os mesmos recebiam horas extras por função Gratificada. Mas após a eleição, o benefício foi cortado e tem guarda que não está recebendo sequer um salário mínimo.
“Antes da eleição, a prefeitura podia tudo, estava tudo organizado. Depois, as obras de asfalto pararam. O que aconteceu foi politicagem para enganar a população! Foi um golpe eleitoral. O lamentável é que tem servidor da prefeitura que não está conseguindo pagar suas contas no comércio”, enfatiza o vereador.

O vereador Elias Benvindo e o prefeito Tony Rufatto, de aliados se transformaram em desafetos e inimigos. Ambos eram peemedebistas. Tony Saiu do partido para se filiar no PSDB e Elias permaneceu no partido e passou a fazer duras críticas ao prefeito. 
Na campanha eleitoral, o vereador não poupou o prefeito. Tony se reelegeu e Elias sofreu uma fragorosa derrota. Após as eleições, os dois tiveram mais uma desentendimento, desta vez pelas redes sociais.
O vereador questionou o prefeito sobre a paralisação de uma obra que foi paralisada, e também pelo facebook, Tony Rafatto desancou o vereador.  Em um poste, disse que o vereador “tem três personalidades e não é homem em nenhum lugar”. E emendou na sequência: “você não passa de um verme, a escória da sociedade, um derrotado que ganha quase R$ 14 mil para fazer fofocas na rua e nas redes sociais... Política é coisa séria, não é para vagabundo igual a você, que fala mal de pessoas dignas que defende o município...”.

 

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