José Vieira
Mato Grosso do Norte
O prefeito Pastor Fernando Ribeiro (União) afirmou em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, na quarta-feira, 19, em seu gabinete na prefeitura, que saiu decepcionado da audiência pública realizada na manhã de quarta-feira em Carlinda.
O evento, promovido pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), visa a implementação de obras que devem ser realizadas entre 2025 e 2027, das rodovias MT-320 e MT-208.
Segundo o prefeito, não foi apresentado nada de concreto para Carlinda. “Não foi o que esperávamos e nos trouxe decepção. Eu disse na audiência que fiquei decepcionado e não trouxeram nenhuma proposta para Carlinda”, enfatiza
Conforme ele, foi proposto fazer uma travessia na Vila Delrey, que realmente é uma necessidade, em função de ter um colégio, Unidade de Saúde e um comércio, o que faz o local ser de muita movimentação de pessoas.
“Falaram que vão fazer uma faixa de travessia de pedestre (não é uma passarela erguida) quando der certo. Para nós foi um balde de água fria. Eu disse que a Via Brasil pode fazer melhor, mas os representantes da empresa alegaram questão contratual da concessão. Respeitamos o contrato, mas estes investimentos podem ser antecipados e isto não desrespeita o contrato", aponta.
Além disso, o prefeito afirma que há dois trevos em Carlinda, na rodovia MT 208, que precisam de rotatórias, nas duas entradas da cidade. “Já tivemos inúmeros acidentes com vítimas fatais e é uma questão urgente, mas não houve proposta. Falaram que está previsto para 2028. E 2028 está longe. Até lá, quantas vidas vão ser perdidas?”, questiona Pastor Fernando.
A construção das rotatórias, conforme o prefeito, foi um pedido de sua gestão à concessionária, masfoi negado. “Eles falaram o quanto já investiram e do retorno destes investimentos. Entendo tudo isto. Porém, entendo também que quando fizeram o estudo da rodovia, não previam o crescimento tão acelerado do fluxo de veículos, incluindo carretas. A Via Brasil poderia fazer estes dois trevos sem prejuízos para seu contrato”, aponta o prefeito, acrescerntando que uma carreta paga R$ 300,00 para passar no pedágio.
Pastor Fernando assegura que até se propôs a ajudar a viabilizar as obras. E pediu para a Via Brasil abrir mão que a prefeitura faz os investimentos. “Não é um custo grande para fazer estes investimentos. Eu disse lá na audiência que se a Via Brasil não vai fazer, liberara que nós fazemos! Apresentamos o pedido e solicitamos que os diretores da Via Brasil analisem para começarmos agora estas obras. E vamos esperar a resposta”, pontua.
“A prefeitura quer o desenvolvimento e a segurança para o nosso cidadão e para quem trafega na rodovia. Estamos a disposição para ajudar. Já que eles disseram que está difícil para a Via Brasil, a prefeitura faz!
Vamos buscar o recurso, economizar recursos próprios e vamos fazer os dois trevos. Estamos pedindo solução e se não vão fazer, só autorizar, permitir, que nós fazemos”, afirma o prefeito.
“A Via Brasil, como concessionária pública, além de ser uma empresa que visa lucros, que é correto, que também tenha o lado humano. Que olhe para a segurança de quem passa na rodovia, que é quem dá lucro para ela”, protesta o Pastor.
Ouça o áudio da entrevista na íntegra